Crítica marxista do direito e greve geral de 2017: estudo de caso a partir da forma jurídica
DOI:
https://doi.org/10.30612/videre.v13i28.12798Palabras clave:
greve política, crítica marxista do direito, direito do trabalhoResumen
O objetivo do presente artigo é analisar decisões exaradas com relação à greve de uma das categorias profissionais inseridas no contexto da greve geral de 2017 contra as reformas trabalhista e previdenciária. Para tanto, inicialmente fará resgate e análise bibliográficos da crítica marxista do direito, tanto de autores estrangeiros consagrados como Pachukanis e Edelman, como também de autores brasileiros, estando a presente análise, portanto, inserida primordialmente no campo de pesquisa da sociologia do direito e do direito do trabalho. Debaterá, também, sobre ideologia jurídica e os limites do direito do trabalho para melhoria da situação da classe trabalhadora. Por fim, analisará a decisão exarada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região e pelo Tribunal Superior do Trabalho no dissídio de greve dos rodoviários da grande Vitória-ES à luz dos autores apresentados, concluindo que o método marxista de crítica do direito continua atual e necessário para se debater o papel da forma jurídica na sociedade capitalista.Descargas
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