Ecofeminismo, estratégias e práticas de cuidado com a vida: fragmentos de uma narrativa-biográfica enquanto morriam os vampiros de galinhas

Authors

  • Luísa de Pinho Valle Universidade de Coimbra (UC)

DOI:

https://doi.org/10.30612/nty.v7i11.11841

Keywords:

Ecofeminismos. Epistemologias do sul. Narrativas biográficas.

Abstract

Proponho compartilhar um diálogo de saberes sobre as estratégias e práticas do cuidado com a vida – humana e não-humana –, a partir de uma análise inicial da experiência com uma investigação-ação participante que está em construção. Na referida pesquisa busco coconstruir narrativas biográficas de/com seres que se representam e se identificam como mulheres que formam parte constitutiva e constituinte de meu trabalho de doutoramento . Estas narrativas são entrelaçadas nas práticas da realização da agroecologia, ou numa agricultura equilibradamente ecológica. Para tanto, parto de uma hermenêutica ecofeminista em diálogo com as bases conceituais das Epistemologias do Sul. Minha pesquisa é feminista, epistemológica e metodologicamente. Assim, desenvolvo um trançado entre as narrativas das mulheres coparticipantes da pesquisa em curso e uma leitura pluriepistemológica que privilegia os ecofeminismos, a ecologia política, o pós-colonialismo e a decolonialidade. Os conhecimentos são sempre situados, num contexto específico, formado e (trans)formador de subjetividades diferentes que ocupam um espaço comum. Desta forma, dialogo neste artigo com Annalisa Bellu, na aldeia de Campo Benfeito, região da Beira Alta em Portugal, a fim de identificar prática-transformadora de cuidado pela e com a vida, por ela realizados na sua cotidianidade. Objetivo trazer à evidência algumas fraturas concretas às linhas abissais divisoras das realidades do mundo moderno engendradas nas práticas e pensamentos ecofeministas.

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Published

2019-12-06

How to Cite

Valle, L. de P. (2019). Ecofeminismo, estratégias e práticas de cuidado com a vida: fragmentos de uma narrativa-biográfica enquanto morriam os vampiros de galinhas. Revista Ñanduty, 7(11), 82–103. https://doi.org/10.30612/nty.v7i11.11841