O fantástico em “A noite” e “Horla”

Autores

  • Ana Luíza Duarte de Brito Drummond Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Fantástico. Narrador autodiegético. Maupassant. Narrativa.

Resumo

Os contos “A noite” e “Horla”, de Guy de Maupassant, são analisados nesse estudo que visa destacar os aspectos salientes que podem ser estabelecidos na comparação dos dois, como, por exemplo, o papel do narrador, ambos autodiegéticos e ambos tomados no fim por grande pavor, a função que cada narrador exerce em sua narrativa, as diferenças bastante significativas entre os dois contos, e, além disso, a despeito dessas diferenças e sem querer reduzi-las, as semelhanças notáveis que mereceram ser destacadas. Para isso, utilizamos as teorias de Ceserani e Todorov sobre o fantástico e os estudos Genette sobre a narrativa como base à nossa argumentação que considera que em ambos os contos a dimensão do fantástico pertence à subjetividade, aspecto facilitado pela presença de narradores autodiegéticos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Luíza Duarte de Brito Drummond, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestranda em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais. Licenciada em Língua Portuguesa e Bacharel em Estudos Literários pela Universidade Federal de Ouro Preto.

Referências

CALVINO, Ítalo. Introdução. In: CALVINO, Ítalo (Org.). Contos fantásticos

do século XIX: o fantástico visionário e o fantástico cotidiano. São Paulo:

Companhia das Letras, 2004. p. 9-18.

______. (Org.). Contos fantásticos do século XIX: o fantástico visionário e o fantástico cotidiano. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

CARPEAUX, Otto Maria. História da literatura ocidental, volume I, II, III e

IV. São Paulo: Leya, 2011.

CESERANI, Remo. O fantástico. Trad. Nilton Cezar Tridapalli. Curitiba:

Ed. UFPR, 2006.

FREUD, Sigmund. O inquietante. In: História de uma neurose infantil: (“O

homem dos lobos”): além do princípio do prazer e outros textos (1917-

. Trad. e notas Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das

Letras, 2010.

GENETTE, Gérard. Discurso da narrativa. Ensaio de método. Trad.

Fernando Cabral Martins. Lisboa: Arcádia, 1979.

MAUPASSANT, Guy. A noite. In: CALVINO, Ítalo (Org.). Contos

fantásticos do século XIX:o fantástico visionário e o fantástico cotidiano. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. p. 351-355.

______. Horla (versão de 1887, definitiva). In: As grandes paixões – contos de Guy de Maupassant. Sel. e trad. de Léo Schlafman. Rio de Janeiro: Record, 2005. p. 247-277.

SEIXAS, Maria Alzira. A narrativa e o seu discurso. In: GENETTE, Gerard.

Discurso da narrativa. Ensaio de método. Trad. Fernando Cabral Martins.

Lisboa: Arcádia, 1979. p. 8-16.

TODOROV, Tzvetan. Introdução à Literatura Fantástica. Trad. Maria Clara

Correa Castello. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.

WEINRICH, Harald. Lete: arte e crítica do esquecimento. Trad. Lya Luft.

Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

Downloads

Publicado

2015-07-03

Como Citar

Drummond, A. L. D. de B. (2015). O fantástico em “A noite” e “Horla”. ARREDIA, 4(6), 25–41. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/arredia/article/view/3342

Edição

Seção

Artigos