O corpo (não) humano e sua importância na questão identitária: o monstro de Frankenstein ou Prometeu moderno
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v12i31.8303Palavras-chave:
Corpo. Identidade. Frankenstein.Resumo
O presente artigo tem como objetivo a análise das concepções de corpo, suas bestializações e as questões de aceitação e formação de identidade que o envolvem, tomando como objeto de análise a obra de Mary Shelley – Frankenstein ou o Prometeu moderno. O estudo procurou uma discussão acerca do lado humano e não humano da criatura de Frankenstein, sua estrutura e comportamento corporal bestializados e sua identidade frágil, acompanhada de uma intensa agressividade. Para desenvolver o trabalho, foram utilizados como revisão de literatura teóricos que dissertam sobre corpo e identidade (Kathryn Woodward), bios e zoo (Giorgio Agamben) e comportamento corporal (Michel Foucault), além de uma comparação do processo de criação elaborado por Victor Frankenstein com o processo de criação divina do Homem.Downloads
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