Utopia em processo: os romances de André Carneiro

Autores

  • Ramiro Giroldo UFMS

DOI:

https://doi.org/10.30612/raido.v17i43.16116

Palavras-chave:

ficção científica, utopia, distopia, André Carneiro

Resumo

O ensaio aborda os dois romances de André Carneiro, Piscina Livre (1980) e Amorquia (1991) em sua configuração genérica e em suas possíveis relações com o contexto político brasileiro – a saber, o regime militar e a abertura política. No percurso argumentativo, confluências e particularidades de cada obra são colocadas em relevo, a fim de compreender como a utopia da primeira se converte em uma distopia de contornos borrados na segunda. Para tanto, são movimentados conceitos elaborados por Ernst Bloch, acerca do impulso utópico, e de Darko Suvin, acerca da especificidade da ficção científica.

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Biografia do Autor

Ramiro Giroldo, UFMS

Possui graduação em Letras-Inglês pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2005), mestrado em Estudos de Linguagens pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2008) e doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2012). Atualmente é Professor Adjunto A da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura brasileira contemporânea, ficção científica, utopia e autoritarismo.

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Publicado

21.11.2023

Como Citar

Giroldo, R. (2023). Utopia em processo: os romances de André Carneiro. Raído, 17(43), 91–103. https://doi.org/10.30612/raido.v17i43.16116

Edição

Seção

Colóquio de Literatura Fantástica