Tinha uma pedra no caminho de Clarice

Autores

  • Joyce Alves Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD

Palavras-chave:

Clarice Lispector. Relações literárias. Interdiscursividade.

Resumo

Nos estudos que relacionam escritores contemporâneos e os que compõem a tradição moderna, constata-se um “rebaixamento” da produção literária mais recente, principalmente quando a perspectiva provém da literatura europeia do século XIX. Clarice Lispector, desde Perto do coração selvagem (1944), foi comparada a escritores como James Joyce e Virginia Woolf, pelas técnicas narrativas que utilizara em suas obras, em especial nos quatro primeiros romances. Apesar de atingir a maturidade poética já no final da década de 60, desenvolvendo um método próprio ao seu modo de escrever, frequentemente Clarice continua sendo aquela que leu Virginia, Kafka, entre outros, e que neles buscara a influência pressentida em sua escritura. Este artigo procura discutir este lugar comum, ou seja, trinta anos após a morte da escritora, sua obra ainda se ressente de tal perspectiva crítica. Na realidade, questões como originalidade e “influência”, conceitos hoje ressignificados principalmente a partir do trabalho de Borges, deslocaram a função dos “precursores”.

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Biografia do Autor

Joyce Alves, Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD

Joyce Alves possui Graduação em Letras com Habilitação Português/Inglês (2010) pela Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul - UEMS. É mestranda do Programa de Pós-Graduação em Letras na área de Literatura e Práticas Culturais, da Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD/FACALE. Atua nas áreas de Crítica Literária e Literatura Comparada.

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Publicado

13.04.2012

Como Citar

Alves, J. (2012). Tinha uma pedra no caminho de Clarice. Raído, 5(10), 207–217. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/Raido/article/view/1326

Edição

Seção

ARTIGOS - LITERATURA E PRÁTICAS CULTURAIS