Gestão da Educação Especial no Brasil e conservadorismo político: notas sobre uma história persistente
DOI:
https://doi.org/10.30612/eduf.v10i30.13182Palavras-chave:
Educação Especial, Inclusão escolar, ConservadorismoResumo
Neste artigo temos por objetivo analisar as alterações na organização da gestão da Educação Especial entre 1986 e 2020, período considerado democrático pela historiografia, mas que conserva estruturas administrativas com origem na ditadura militar. Os procedimentos metodológicos consistiram em pesquisa documental com contribuições da análise de discurso. Foram verificadas algumas características na Educação Especial brasileira, como a conformação de seu lugar na estrutura administrativa do Estado brasileiro e a presença constante das instituições privado-assistenciais na proposição dos órgãos gestores e nas diretrizes de Educação Especial. Conclui-se que o diálogo entre a administração pública e setores privados, como sociedade civil organizada, por um lado pode ser analisada como característica de processos democráticos, em que se espera a existência de disputas nas tomadas de decisão. Por outro, pode ser indicativo de uma posição conservadora de manutenção de dependência econômica das instituições privadas aos recursos públicos.
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