Gestão da Educação Especial no Brasil e conservadorismo político: notas sobre uma história persistente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/eduf.v10i30.13182

Palavras-chave:

Educação Especial, Inclusão escolar, Conservadorismo

Resumo

Neste artigo temos por objetivo analisar as alterações na organização da gestão da Educação Especial entre 1986 e 2020, período considerado democrático pela historiografia, mas que conserva estruturas administrativas com origem na ditadura militar. Os procedimentos metodológicos consistiram em pesquisa documental com contribuições da análise de discurso. Foram verificadas algumas características na Educação Especial brasileira, como a conformação de seu lugar na estrutura administrativa do Estado brasileiro e a presença constante das instituições privado-assistenciais na proposição dos órgãos gestores e nas diretrizes de Educação Especial. Conclui-se que o diálogo entre a administração pública e setores privados, como sociedade civil organizada, por um lado pode ser analisada como característica de processos democráticos, em que se espera a existência de disputas nas tomadas de decisão. Por outro, pode ser indicativo de uma posição conservadora de manutenção de dependência econômica das instituições privadas aos recursos públicos.

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Biografia do Autor

Andressa Santos Rebelo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Possui graduação em Matemática-Licenciatura, mestrado em Educação e doutorado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Realiza estágio pós-doutoral pela Universidade Federal da Grande Dourados. É editora associada da Revista Brasileira de Educação Especial (Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial - ABPEE), membro representante da região Centro-Oeste na Comissão Editorial da Revista Brasileira de Educação - RBE e colaboradora do Grupo de Trabalho (GT 15) Educação Especial da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd). É coordenadora do GT 15 (Educação Especial) da ANPEd Centro-Oeste e professora adjunta da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em políticas de Educação Especial e indicadores educacionais. 

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Publicado

2020-12-04

Como Citar

REBELO, Andressa Santos; KASSAR, Mônica de Carvalho Magalhães. Gestão da Educação Especial no Brasil e conservadorismo político: notas sobre uma história persistente. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 10, n. 30, p. 153–169, 2020. DOI: 10.30612/eduf.v10i30.13182. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/educacao/article/view/13182. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê “Neoconservadorismo e Educação: reflexões sobre justiça social, inclusão e democracia”