Buster Keaton: um corpo pós-humano?
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v12i31.7810Palavras-chave:
Buster Keaton. Corpo. Pós-humano.Resumo
Neste artigo, discuto a possibilidade de se relacionar as manifestações corporais do ator/diretor de comédia Buster Keaton em seus filmes com o conceito de pós-humano, principalmente sua visão de novas configurações corporais. Algumas características específicas dessa manifestação corporal de Buster poderiam indicar essa aproximação: um tipo de relação com o seu ambiente, numa espécie de simbiose com objetos, animais e máquinas; uma diluição das identidades e das fronteiras, em um estado constante de “estar-entre”; e uma superação das limitações do humano. A discussão é organizada em três partes. Em primeiro lugar, introduzo o cinema de Buster Keaton, com o objetivo de apontar algumas características centrais para a análise que se sucede, principalmente com relação à manifestação corporal de seu personagem. Na sequência, são pontuadas algumas discussões sobre o pós-humano, tanto enquanto campo de pesquisas, quanto enquanto termo que indica novas vivências e configurações do humano na contemporaneidade. Por fim, algumas leituras sobre a obra de Keaton são empreendidas no diálogo com os debates sobre a pós-humanidade.Downloads
Referências
AUMONT, J.; MARIE, M. Dicionário teórico e crítico de cinema. Tradução de Heloísa Araújo Ribeiro. 5. ed. Campinas: Papirus, 2012, p.37.
BAECQUE, A.. Telas: o corpo no cinema. In: COURTINE, J. J. (org.). História do corpo: 3. As mutações do olhar: O século XX. Tradução de Ephraim F. Alves. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2008, pp. 481-507.
CLAYTON, A. The body i Hollywood Slapstick. Carolina do Norte: McFarland & Company, 2007.
COUSINS, M. História do cinema: dos clássicos mudos ao cinema moderno. Tradução de Cecília Camargo Bartalotti. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
FELINTO, E.; SANTAELLA, L. O explorador de abismos: Vilém Flusser e o pós-humanismo. São Paulo: Paulus, 2012.
HUNTER, R. A comédia muda. In: KEMP, P. (Org.). Tudo sobre cinema. Tradução de Fabiano Morais et al. Rio de Janeiro: Sextante, 2011, pp. 62-63.
JULLIER, L.; MARIE, M. Lendo as imagens do cinema. Tradução de Magda Lopes. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2009.
MICHAUD, Y. Visualizações: o corpo e as artes visuais. In: COURTINE, J. J. (org.). História do corpo: 3. As mutações do olhar: O século XX. Tradução de Ephraim F. Alves. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2008, pp. 541-565.
SANTAELLA, L. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibernética. 2 ed. São Paulo: Paulus, 2004.
SMITH, I. H. A general. In: KEMP, P. (Org.). Tudo sobre cinema. Tradução de Fabiano Morais et al. Rio de Janeiro: Sextante, 2011, pp. 66-67.
TESSÉ, J.-P.. Le burlesque. Paris: Cahiers du cinéma, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.