“Eu quero aprender a falar”: o estudo dos gêneros orais na aula de língua portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v11i25.5042Palavras-chave:
Oralidade. Pesquisa-ação. Ensino. Microetnografia.Resumo
Este estudo buscou compreender como tratar a oralidade como objeto de ensino nas aulas de Língua Portuguesa (LP) na escola. O projeto foi desenvolvido como uma pesquisa-ação durante o Estágio Curricular em LP, no primeiro ano do ensino médio, em uma escola pública da cidade de Bagé (RS). De cunho qualitativo, a pesquisa se configura como pesquisa-ação (LATORRE, 2003) em Linguística Aplicada e utiliza suporte teórico-metodológico da Sociolinguística Interacional (RIBEIRO; GARCEZ, 1998) e da Microetnografia Escolar (ERICKSON; SCHULTZ, 1998) para geração e análise de dados. Os instrumentos de pesquisa incluíram filmagem das aulas e produção de diário reflexivo. A partir das filmagens, foram gerados excertos que são problematizados para (i) analisar como se deu o processo de apropriação dos gêneros orais secundários (entrevista e seminário); (ii) investigar se um projeto de ensino pautado no estudo desses gêneros favorece a legitimação da oralidade como objeto de ensino. Os resultados obtidos na pesquisa demonstram como o estudo sistemático dos gêneros orais secundários contribuiu no processo de apropriação desses gêneros, especialmente acionando a reflexão dos alunos sobre elementos linguísticos e paralinguísticos. Mostram também a importância que um projeto de ensino pautado no estudo sistemático dos gêneros orais tem para favorecer a legitimar a oralidade como objeto de ensino na escola.Downloads
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