O jogo de sentidos na poética neobarroca de Douglas Diegues: uma análise semiótica de La Xe Sy

Autores

  • Greissi Cristina Sousa UFGD
  • Gicelma da Fonseca Chacarosqui Torchi UFGD

Palavras-chave:

Semiótica da Cultua. Portunhol Selvagem. Fronteira.

Resumo

Este trabalho propõe um estudo, pelo viés da Semiótica da Cultura, da poesia prosaica La Xe Sy do brasiguaio Douglas Diegues. No plano de expressão do signo verbal artístico desta modelização secundária Douglas compõe versos em Portuñol Selbaje, uma linguagem mestiça, transcrita, em grande parte pelo embricamento das línguas Portuguesa, Espanhola e Guarani. Em um lócus ambivalente por excelência, na fronteira Brasil/ Paraguai, nos entre-meios de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, La Xe Sy é a forma como o autor semiotiza seu mundo enquanto um fenômeno cultural. Um texto de cultura que expressa por meio da linguagem neobarroca o erotismo como um jogo com o objeto perdido através da desarmonia, uma metáfora que distorce formas na qual o sentido se dá na liberdade vivida. A poesia marginal dieguiana não o é apenas por ser fronteiriça, mas também por ser cartoneira. Esta edição é fotocopiada, com capas de papelão reciclado, pintadas com tinta a base de água e costuradas com barbante. Há que se refletir acerca do rompimento com o cânone literário, com o cânone linguístico e com o cânone editorial que culmina no descentramento como a representação da “identidade” marginalizada fronteiriça.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Greissi Cristina Sousa, UFGD

Graduada em Letras - Finav (Faculdades Integradas de Naviraí) - 2011

Mestranda em Letras/ Linguística e Transculturalidade 2014-2016 - UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados

Downloads

Publicado

08.01.2016

Como Citar

Sousa, G. C., & Torchi, G. da F. C. (2016). O jogo de sentidos na poética neobarroca de Douglas Diegues: uma análise semiótica de La Xe Sy. Raído, 9(20), 103–114. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/Raido/article/view/4222

Edição

Seção

ARTIGOS - LITERATURA E PRÁTICAS CULTURAIS