Comunicação oral no PIBID: processos de didatização e letramento acadêmico

Didactic processes and academic literacy

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/raido.v18i46.18095

Palavras-chave:

comunicação oral; processos de didatização; letramento acadêmico

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar uma proposta de intervenção que buscou estabelecer relações entre  processos de didatização e práticas de letramento acadêmico tendo como instrumento o gênero comunicação oral. A geração de dados incluiu a realização de uma oficina para discentes das licenciaturas vinculados ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e os registros audiovisuais da apresentação de alguns desses discentes em um evento científico na universidade. Os resultados revelaram que houve melhorias sutis em alguns aspectos de textualização oral, em especial no que concerne aos recursos para a manutenção e progressão temática nessa modalidade da língua.

Downloads

Biografia do Autor

Gustavo Lima, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

É licenciado em Letras (2001) e possui Mestrado (2004) e Doutorado (2016) em Letras (área de concentração: Linguística) pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Realizou estágio pós-doutoral em Didática das Línguas (2022) na Faculte de Psychologie et des Sicences de lEducation de lUniversité de Genève, na Suíça, sob a supervisão do Professor Dr. Joaquim Dolz. É Professor Associado I da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE), onde coordena Projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão, além de exercer a função de Diretor do Departamento de Acompanhamento Educacional (DAE) da Pró-Reitoria de Ensino e Graduação (PREG). Também é professor permanente do Mestrado Profissional em Letras - PROFLETRAS (UFAPE) e do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea (PPGEduc) da UFPE (Centro Acadêmico do Agreste), onde atua na linha de pesquisa Docência, Ensino e Aprendizagem. É membro do Conselho Deliberativo do Centro de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL) da UFPE, onde também planeja e realiza atividades e ações direcionadas à análise e produção de material didático e formação de professores. Tem ampla experiência na área de ensino e pesquisa, atuando no campo da Linguística Aplicada, em uma interface com a Didática das Línguas e a análise do trabalho docente. É vice-líder do grupo de pesquisa Texto, Escrita e Sala de Aula (TEcSA/CNPq) e pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Discurso e Ensino (NUPEDE/CNPq) e do Grupo de Estudos sobre a Historicidade dos Textos e Ensino de Língua (HISTEL). É casado e pai de três filhos.ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2434-361X

Leila Britto de Amorim Lima, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

É graduada em Pedagogia (2006), Especialista em Educação de Jovens e Adultos (2009), Mestra em Educação (2010) e Doutora em Educação (2018) pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente, é Professora Adjunta do Curso de Letras da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE) e colaboradora do Centro de Estudos de Educação e Linguagem (CEEL), onde planeja e realiza atividades e ações direcionadas à análise e elaboração de material didático e formação de professores. Tem larga experiência na área de Educação, com ênfase em Linguagem, Formação de Professores e Educação de Jovens e Adultos. É pesquisadora do Grupo de Pesquisa Texto, Escrita e Sala de Aula (TEcSA//CNPq) e do Núcleo de Pesquisa em Discurso e Ensino (NUPEDE/CNPq).

Leidiane Raimundo Cordeiro, Universidade Federal de Pernambuco

É mestre em Letras (Linguística) pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e graduada em Letras pela Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Garanhuns (UFRPE/UAG). Atualmente, é membro colaborador do Núcleo de Pesquisa em Discurso e Ensino (NUPEDE/CNPq) e do Projeto de Extensão Gênero Ensino da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco. Atua na Educação Básica como professora de Língua Portuguesa e tem interesse em estudos voltados para o ensino da oralidade e nos estudos dos letramentos científico e acadêmico.

Referências

BRASIL, Decreto n. 7.219 de 25 de junho de 2010. Dispõe sobre o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Disponível em Decreto nº 7219 (planalto.gov.br). Acesso em: 25 de fevereiro de 2024.

CANAN, S.; R. CORSETTI, B. O professor em formação: o PIBID no contexto da política nacional de formação de professores. Disponível em:SilviaReginaCanan_GT4_integral.pdf (anpae.org.br). Acesso em:25 de fevereiro de 2024.

CHARTIER, A. M. Fazeres ordinários de classe: uma aposta para pesquisa e para formação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.26, n.2, p. 157-168, jul/dez 2000. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022000000200011

BUENO, L. Gêneros orais: elementos linguísticos e não-linguísticos. São Paulo. Anais do I SIMELP – Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa. São Paulo: USP, 2008.

DOLZ, J; ZANI, J.; Lima, G. Representação teatral do gênero fábula: uma experiência de formação continuada no âmbito de um minicurso. In: MAGALHÃES, Tânia Guedes; BUENO, Luzia; COSTA-MACIEL, Débora Amorim. (org.). Oralidade e gêneros orais: experiências na formação docente. São Paulo: Pontes Editores, 2021. p. 253-276.

DOLZ, J.; Lima, G.; ZANI, J. B. Itinerário para o ensino do gênero fábula: a formação de professores em um minicurso. Textura v. 22, n. 52, 2020. Disponível em: http:// www.periodicos.ulbra.br/index.php/txra/article/view/5956. Acesso em: 06 nov. 2020 DOI: https://doi.org/10.17648/textura-2358-0801-v22n52-5956

DOLZ, J; SCHNEUWLY, B; DE PIETRO, J; ZAHND, G. A exposição oral. In: SCHNEUWLY, B; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de Roxane H. R. Rojo e Glaís S. Cordeiro. 3. ed. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004. p. 183-211.

GOIGOUX, Roland. Un modèle d’analyse de l’activité des enseignants. Éducation et didactique. Vol 1 - n°3, décembre, 2007. DOI: https://doi.org/10.4000/educationdidactique.232

SCHNEUWLY, B; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de Roxane H. R. Rojo e Glaís S. Cordeiro. 3. ed. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004

GEE, J. P. Oralidad y literacidad: de El Pensamiento salvaje a Ways with Words. In: ZAVALA, Virginia; NIÑO-MURCIA, Mercedes; AMES, Patricia (editoras). Escritura y sociedad: nuevas perspectivas teóricas y etnográficas. Lima : Red para el Desarrollo de las Ciencias Sociales en el Perú, 2004, p. 23-56.

FIAD, R.S. Algumas considerações sobre os letramentos acadêmicos no contexto brasileiro. Pensares em Revista, [S.l.], n. 6, set. 2015. ISSN 2317-2215. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/pensaresemrevista/article/view/18424/974. Acesso em: 17 set. 2022. doi: https://doi.org/10.12957/pr.2015.18424. DOI: https://doi.org/10.12957/pr.2015.18424

FISCHER, A. Letramento acadêmico: uma perspectiva portuguesa. Acta Sci. Lang. Cult. Maringá, v. 30, n. 2, p. 177-187, 2008. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciLangCult/article/view/2334. Acesso 13 de novembro de 2022. DOI: https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v30i2.2334

MAGALHÃES, T. G.; CASTRO, J. J. da S.; NEVES, C. L. de L. Revisão sobre oralidade no contexto acadêmico de formação docente: quais práticas e gêneros?. In: FERREIRA, Rosângela Veiga Júlio; MICARELLO, H. A. L. da S.(Orgs). Conhecimentos em cadeias dialógicas de enunciados: Linguagem, infâncias e educação nas produções de um grupo de pesquisa em Ciências Humanas. São Paulo: Pimenta Cultural, 2022, p. 162-186. DOI: https://doi.org/10.31560/pimentacultural/2022.95651.7

MAGALHÃES, T. G.; BUENO, L.; STORTO, L.J.; COSTA-MACIEL, D. A.G.da. Um decálogo para a inserção da oralidade na formação docente. Veredas - Revista de Estudos Linguísticos. v.26, n.1, 2022. DOI: https://doi.org/10.34019/1982-2243.2022.v26.37776

MARCUSCHI, L. A.. Oralidade e letramento como práticas sociais. In: Luiz Antônio Marcuschi e Angela Paiva Dionisio (orgs). Fala e escrita. 1. ed., 1. reimp. — Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 31-56.

SCHNEUWLY, B. Palavra e ficcionalização: um caminho para o ensino da linguagem oral In: SCHNEUWLY, B; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de R. H. R. Rojo e Glaís S. Cordeiro. 3. ed. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004. p. 129-148.

STREET, B. Los Nuevos Estudios de Literacidad. In: ZAVALA, Virginia; NIÑO-MURCIA, Mercedes; AMES, Patricia (editoras). Escritura y sociedad: nuevas perspectivas teóricas y etnográficas. Lima : Red para el Desarrollo de las Ciencias Sociales en el Perú, 2004, p. 81-107.

STREET, B. Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na educação. Tradução: Marcos Bagno. 1. Ed. São Paulo: Parábola, 2014.

ZANI, J. B. A comunicação oral em eventos científicos: uma proposta de modelização para a elaboração de sequências didáticas. Tese (Doutorado em Educação) de Pós-graduação Stricto Sensu em Educação, Universidade São Francisco, Itatiba, 2018, 303 f.

ZANI; J. B.; BUENO, Luzia; DOLZ, Joaquim. As dimensões ensináveis do gênero textual “a comunicação oral em eventos científicos”. Letras. PPGL UFSM. Especial, n.1, 2020. p.349-368. DOI: https://doi.org/10.5902/2176148542386

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2008.

Downloads

Publicado

15.12.2024

Como Citar

Lima, G., Lima, L. B. de A., & Cordeiro, L. R. (2024). Comunicação oral no PIBID: processos de didatização e letramento acadêmico: Didactic processes and academic literacy. Raído, 18(46), 174–195. https://doi.org/10.30612/raido.v18i46.18095

Edição

v. 18 n. 46 (2024): PESQUISAS INTERVENTIVAS COM FOCO NO ENSINO DE LÍNGUAS

Seção

Pesquisas interventivas com foco no ensino de línguas

Licença

Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:

(a)    O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.

(b)   Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:

  1. Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
  2. NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
  3. CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
  4. Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
(c)   Após a publicação, os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online – em repositórios institucionais, página pessoal, rede social ou demais sites de divulgação científica, desde que a publicação não tenha fins comerciais.