Violência, aborto e maternidade em Vagos sin tierra, de Renné Ferrer: um estado de des-graça
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v14i35.12169Palavras-chave:
Mulheres. Violência. Aborto.Resumo
A proposta desse artigo é discutir, a partir do romance Vagos sin tierra (1999), da escritora paraguaia Renée Ferrer, as relações violentas impostas às mulheres no espaço geopolítico da demarcação fronteiriça entre Brasil e Paraguai. A narrativa de Ferrer é aqui apreendida como um constructo cultural que ressignifica a história enquanto “re-visão” (Adriene Rich, 2017) e faz retornar os/as mortos/as de uma fronteira cujas subjetividades e representatividades só são vistas quando colocamos em diálogo as colaborações da crítica feminista.
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