Feminicídio, tecnologia de gênero e escritura feminina na obra Garotas mortas, de Selva Almada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/raido.v14i35.12166

Palavras-chave:

Garotas Mortas. Feminicídio. Feminismo. Tecnologia de gênero.

Resumo

Neste artigo propomos conduzir uma análise da obra literária Garotas Mortas (2018), de autoria da escritora argentina Selva Almada. A partir das narrativas imbricadas na obra, empreenderemos discussões acerca do feminicídio e de suas raízes históricas e culturais, recorrendo, para tanto, aos estudos feministas promovidos por Perrot (2007) e Muraro (1997). Estabelecendo diálogos com as proposições de Cixous (2017), identificaremos a obra analisada como manifestação da escritura feminina, posto que constrói espaços para a reverberação de vozes até então silenciadas e prega a emancipação do corpo feminino. Traçaremos relações, ainda, entre corpo feminino, gênero, feminicídio e política.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Algemira de Macêdo Mendes, Universidade Estadual do Piauí (UESPI)

Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Estadual do Piauí (1993), Mestrado em Teoria Literária pela Universidade Federal de Pernambuco (2002), Doutorado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2006), com estágio de doutorado sanduíche em Coimbra-PT (2005). Pós-doutora em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela Universidade de Lisboa. Professora Associada da Universidade Estadual do Piauí/Universidade Estadual do Maranhão,atuando na Graduação e no Mestrado em Letras. Coordena o Mestrado Acadêmico em Letras, o Núcleo de Estudos Literários Piauienses e é Membro do Comitê Institucional de Pesquisa da UESPI, Conselho Editorial das revistas Pesquisa em Foco (UEMA) e Letras em Revista (UESPI).

Referências

ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Sejamos todos feministas. Tradução de Christina Baum. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, 63 p.

ALMADA, Selva. Garotas Mortas. São Paulo: Todavia, 2018.

ALVES, Branca Moreira; PITANGUY, Jacqueline. O que é feminismo. São Paulo: Brasiliense, 1982. Coleção Primeiros Passos, nº 20.

BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

CIXOUS, Hélène. O riso da Medusa. In: BRANDÃO, Isabel (Org.). Traduções da Cultura: Perspectivas Críticas Feministas. Florianópolis: EDUFAL, 2017. p. 129-155.

DAVIS, Angela. Mulheres, cultura e política. São Paulo: Boitempo, 2017.

DELAS.PT. Feminicídio na Argentina é “vingança contra as mulheres que não se calam”. Disponível em: https://www.delas.pt/feminicidio-na-argentina-e-vinganca-contra-as-mulheres-que-nao-se-calam/. Acesso em 23 jul. 2019.

LAURETIS, Teresa de. A tecnologia de gênero. In: HOLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica cultural. Rio de Janeiro, Rocco, 1994. p. 206-242.

MENEGHEL, Stela Nazareth; PORTELLA, Ana Paula. Feminicídios: conceitos, tipos e cenários. In: Ciência & Saúde Coletiva, 22 (9), p. 3077-3086. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v22n9/1413-8123-csc-22-09-3077.pdf. Acesso em 02 ago. 2019.

MURARO, Rose Marie. Breve Introdução Histórica. In: INSTITORIS, Heinrich. O martelo das feiticeiras. Rio de Janeiro: Record/Rosa dos Tempos, 1997. p. 5-17.

PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2007.

Downloads

Publicado

17.11.2020

Como Citar

Araújo, S. da C., & Mendes, A. de M. (2020). Feminicídio, tecnologia de gênero e escritura feminina na obra Garotas mortas, de Selva Almada. Raído, 14(35), 304–314. https://doi.org/10.30612/raido.v14i35.12166

Edição

Seção

Política e sociedade na literatura de autoria de mulheres