Sor Juana Inés de la Cruz e Kate Chopin: literatura de resistência em sociedades moralistas e repressoras
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v14i35.10820Palavras-chave:
Juana Inés de la Cruz. Kate Chopin. Hombres Necios. O Despertar. Feminismo.Resumo
O presente artigo traz uma breve biografia sobre duas escritoras que abordaram nas linhas de suas obras importantes questionamentos sobre o papel da mulher dentro de sociedades nas quais as vozes femininas não costumavam ser ouvidas. A poeta barroca mexicana Sor Juana Inés de la Cruz (1651 – 1695) e a escritora norte-americana Kate Chopin (1851-1904) foram duas precursoras da literatura de conscientização feminina. Procuramos mostrar como as autoras transgridem várias regras sociais e históricas em termos de questões de gênero no contexto de sociedades conservadoras – nas quais viviam. Como exemplo das suas escritas traremos o romance O Despertar (1899), no qual Chopin traça o desenvolvimento psicológico e sexual de uma jovem norte-americana em meio à comunidade creole de Nova Orleans. E Hombres Necios, poema de Juana Inés que faz uma crítica às sátiras que ridicularizavam as mulheres e eram muito comuns naquela época. Este trabalho aborda a contextualização literária, social, histórica e cultural das autoras, trazendo informações sobre as suas relações com o feminismo e, por fi m, uma breve análise de suas obras sob a ótica feminista. É possível concluir que Juana Inés de la Cruz e Kate Chopin representam a vanguarda na luta pela eliminação das discriminações de gênero.
Downloads
Referências
BLOOM, Harold, ed. Kate Chopin. Modern Critical Views. New York: Chelsea House Publischers, 1987.
CHOPIN, Kate. The awakening. New York: Dover Publications, Inc., 1993.
CHOPIN, Kate. O despertar. São Paulo: Editora Estação Liberdade, 1994.
CHOPIN, Kate. A história de uma hora. In: VIÉGAS-FARIA, Beatriz; CARDOSO, Betina Mariante; BROSE, Elizabeth (Org.) Kate Chopin: contos traduzidos e comentados – Estudos literários e humanidades médicas. Porto Alegre: Casa editorial Luminara, 2011, p. 79-82
DYER, Joyce. The awakening: a novel of beginnings. New York: Twayne, 1993.
EMMIT, Helen V. Drowned in a willing sea: freedom and drowning in Eliot, Chopin, and Drabble. Tulsa, Ok.: Tulsa Studies in Women's Literature, v.12, n.2, 1993.
GILBERT, Sandra M. The second coming of aphrodite: kate chopin’s fantasy of desire. New York: Penguin Books, 1983.
HORTA, Maurício. Luxúria: como ela mudou a história do mundo. São Paulo: LeYa, 2015.
MALZAHN, Manfred. The strange demise of Edna Pontellier. Chapel Hill, C.N.:The Southern Literary Journal, v. 23, n..2, Spring 1992.
MAY, John R. Local color in the awakening. Baton Rouge, Louisiana: North Critical Edition, 1993.
ROSCHER, Marina L. The suicide of Edna Pontellier: an ambiguous ending? Southern Studies v.23 (1984): 289-98.
SEYERSTED, Per. Kate Chopin: a critical biography. Louisiana State University Press: Baton Rouge,1980.
SHOWALTER, Elaine. Sister's choice: tradition and change in american women's writing. Oxford: Claredon Press, 1991.
SKAGGS, Peggy. Three tragic figures in Kate Chopin's the awakening. Louisiana State University Press: Baton Rouge, 1970.
SPANGLER, George M. Kate chopin's the awakening: a partial dissent. A Norton Critical Edition. New York: Norton, 1976.
STANGE, Margit. Personal property: exchange value and the female self in the awakening. Boston: Donal Keesey, 1989.
TAVEIRA, Thalita Rose Tamiarana Gadêlha. Representações de gênero no barroco latino-americano: Gregório de Matos e Sor Juana Inés de la Cruz. UFPB: João Pessoa, 2017.
TOTH, Emily. Unveiling Kate Chopin. Jackson: University press of Mississipi, 1999.
URGO, Joseph R. A Prologue to rebellion: the awakening and the habit of self-expression. University of North Carolina: Chapel Hill, N.C.,1987.
VANSPANCKEREN, Katheryn. Perfil da Literatura Americana. Agência de Divulgação dos Estados Unidos da América, 1994.
WYATT, Neal. Biography by Kate Chopin (1995). Disponível em https://archive.vcu.edu/english/engweb/webtexts/hour/katebio.html. Acesso em 15 de nov.2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.