A literatura como monumento: o cotidiano da fronteira na obra de Pedro de Medeiros
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v14i34.10655Palavras-chave:
Pedro de Medeiros. Cotidiano de fronteira. Memória.Resumo
Este artigo apresenta análise da obra do poeta e cronista corumbaense Pedro Paulo de Medeiros enquanto lugar de memória, haja vista a sua literatura encerrar o peso e o significado cultural que caracterizavam a cidade de Corumbá/MS no começo do século XX. Do livro póstumo Poesias, crônicas, comentários, obra organizada pelo seu filho Djalma Medeiros e lançada no ano de 1967, foram extraídos elementos que mostram o cotidiano da sua cidade, que faz fronteira com a Bolívia, e que carrega em seu bojo um caráter memorialista, de uma literatura de monumento. A fundamentação teórica deste trabalho tem perspectivas histórica e social, baseando-se nas reflexões e discussões dos teóricos Maurice Halbwachs e Stuart Hall acerca da questão da memória coletiva, extraindo dos poemas e das crônicas estudados um panorama mais completo da cidade, de seus personagens e das trocas culturais que foram ali estabelecidas. O método utilizado, o de análise de conteúdo, tanto do livro do autor, quanto de outros autores da região, possibilitou traçar um perfil da Corumbá de então, dando um vislumbre da situação econômica e social da Cidade Branca e das figuras que a orbitavam, de pescadores a intelectuais, situando no tempo-espaço a cidade que inspirou sua obra.Downloads
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