Entre aura e o inconsciente: a persistência da memória

Autores

  • Giulia Ribeiro Barão PUCRS

Palavras-chave:

Aura. Inconsciente. Memória.

Resumo

Walter Benjamin foi um intérprete da transformação da experiência e da percepção humanas ocasionadas pelo advento da modernidade. No presente artigo, nos atemos às ideias de decaimento da aura e do amor erótico, correspondentes, segundo ele, a uma perda do olhar contemplativo e das relações comunitárias tradicionais em nome do olhar distraído e das relações sociais modernas. Diante desse panorama, que parece ser a regra da modernidade, argumentaremos, com base no filme Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, que tanto a aura quanto o amor erótico persistem em nossos tempos, ainda que sufocados pelo ritmo alucinado de nossas vidas e a frieza de nossas relações. Em cada sujeito e em cada obra de arte, esconde-se o brilho eterno da memória - seja ela inconsciente ou cultural.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Giulia Ribeiro Barão, PUCRS

Programa de Pós-Graduação em Letras - Mestrado em Escrita Criativa.

Referências

BARTHES, Roland. Fragmentos de um discurso amoroso. Trad. Isabel

Gonçalves. Lisboa: Edições 70, 1978.

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade

técnica. In________. Sobre arte, técnica, linguagem e política. Lisboa: Relógio d'Água Editores, 1992. p.71 – 113.

BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS. Direção:

Michel Gondry e Charles Kaufman, Roteiro: Charles Kaufman. Estados

Unidos: Focus Features e Anonymus Content, 2004. DVD, 108 min.,

sonoro, legendas em português.

FREUD, Sigmund. Lembranças encobridoras (1889). In _______. Edição

Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas.Trad. J. Salomão.

Rio de Janeiro: Imago, Vol. III, 1996.

GAGNEBIN, Jeanne-Marie. Não Contar Mais?. In_______. História e

narração em Walter Benjamin. São Paulo: Perspectiva, 2011. p. 63 – 82.

_______. “Le printemps adorable a perdu son odeur.”. Alea, Rio de Janeiro, Vol. 9, n. 1, Junho 2007 Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-

X2007000100005&lng=en&nrm=iso>. Último acesso em 28 julho 2014.

KOFMAN, Sarah. A infância da arte: uma interpretação da estética Freudiana. Rio de Janeiro: Editora Relume Dumará, 1996.

POPE, Alexander. Eloisa to Abelard. 1717. Disponível em:

<http://www.monadnock.net/poems/eloisa.html>. Último acesso em 27

de abril de 2014.

SAMOYAULT, Tiphaine. A intertextualidade. São Paulo: HUCITEC, 2008.

Downloads

Publicado

2014-09-10

Como Citar

Barão, G. R. (2014). Entre aura e o inconsciente: a persistência da memória. ARREDIA, 3(4), 40–50. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/arredia/article/view/3212

Edição

Seção

Artigos