O corpo como uma declaração de guerra: pensando os limites da identidade enquanto categoria de análise

Autores

  • Kauan Santos Almeida Universidade Federal do Sul da Bahia
  • Maria Aparecida Oliveira Lopes Universidade Federal do Sul da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.30612/raido.v12i31.8381

Palavras-chave:

Identidades. Diferenças. Corpo-dispositivo. Biopoder. Necropolítica.

Resumo

Rasuras e borrões são marcas presentes nos sujeitos da pós-modernidade, dessa forma, fissuras a um pensamento Moderno são realizadas e suas consequências são sentidas na pluralidade das suas ações. Tomando o corpo como um locus central de análise, neste trabalho escavamos uma ordem discursiva que ao identificar o corpo, tão logo encerra um gradiente de possibilidades através da canalização do desejo. Para tal, recorremos a teóricas e teóricos Pós-Coloniais e Queer, por meio de uma abordagem pós-estruturalista. Pensar os limites da identidade enquanto categoria de análise é, pois, ensaiar uma política da diferença que reflita sobre os fluxos sem interrompê-los ou interditá-los e, sobretudo, sem ignorar a dinâmica material da violência distribuída sobre os corpos que operam fora da lógica hegemônica, isto é, corpos racializados, dissidentes sexuais e desobedientes de gênero.

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Biografia do Autor

Kauan Santos Almeida, Universidade Federal do Sul da Bahia

Estudando do Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

Maria Aparecida Oliveira Lopes, Universidade Federal do Sul da Bahia

Sou graduada em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999), mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002) e doutora em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2007). Fui professora titular da Fundação Universidade Federal do Tocantins (2008-2014). Atualmente sou professora da Universidade Federal do Sul da Bahia, nos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Estado e Sociedade (PPGES) . Coordeno o Mestrado Profissional em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER).Tenho experiência na área de História, com ênfase em História, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de História, ensino de história da África, História do Negro no Brasil, identidades e arte-afro brasileira

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Publicado

12.12.2018

Como Citar

Almeida, K. S., & Lopes, M. A. O. (2018). O corpo como uma declaração de guerra: pensando os limites da identidade enquanto categoria de análise. Raído, 12(31), 81–91. https://doi.org/10.30612/raido.v12i31.8381

Edição

Seção

CALEIDOSCORPO: AS LUMINOSIDADES QUE TRANSVÊEM O CORPO