Violência, a memória e eu mesmo: a autoficção em el olvido que seremos, de Héctor Abad Faciolince

Autores

  • Rosane Maria Cardoso Universidade de Santa Cruz do Sul

Palavras-chave:

Violência. Memória. Autoficção. Narrativa.

Resumo

Este artigo apresenta algumas considerações sobre a obra El olvido que seremos, de Héctor Abad Faciolince, voltando-se para a relação existente, no texto, entre violência, memória e autoficção. Na medida em que o narrador delineia, em linguagem quase lírica, o retrato do pai assassinado covardemente, também desvela, aos poucos, parte da história da Colômbia, país considerado o mais violento da América Latina. O romance de Faciolince, como tem ocorrido em outras obras da literatura hispano-americana atual, se pauta pelo hibridismo, aqui assinalado pelo vínculo entre o biográfico e o ficcional. Considera-se que o narrar – apresentado, por parte do autor/narrador, como um ato de vingança –, acaba por constituir-se em uma memória emblemática sobre os eventos, além de favorecer um processo de cura, na medida em que é atingido o objetivo de efetivamente trazer à tona a denúncia de um assassinato nunca resolvido e de um país calado sobre a violência.

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Publicado

23.12.2013

Como Citar

Cardoso, R. M. (2013). Violência, a memória e eu mesmo: a autoficção em el olvido que seremos, de Héctor Abad Faciolince. Raído, 7(14), 175–184. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/2625

Edição

Seção

ARTIGOS - LITERATURA E PRÁTICAS CULTURAIS