Clarice entre dois amores: Machado de Assis e Guimarães Rosa

Autores

  • Edgar Cezar Nolasco Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Palavras-chave:

Amizade literária. Crítica cultural. Tradição.

Resumo

Pautado pelo que propõe a teoria da crítica cultural, mais especificamente no tocante às políticas da amizade, o ensaio discutirá a relação entre três grandes intelectuais: Machado de Assis, Clarice Lispector e Guimarães Rosa. No ensaio, dar-se-á atenção especial para o lugar e papel que Machado de Assis e Guimarães Rosa ocupam enquanto amigos intelectuais na produção cultural de Clarice Lispector. No tocante a Machado, discutir-se-á a presença da literatura do mesmo dentro da obra clariciana, posto que a escritora meio que zomba da tradição literária brasileira ao dizer que não se lembra se tinha algum livro do bruxo do Cosme Velho em sua estante. Por este viés crítico, pode-se argumentar até que ponto a literatura da escritora nasce dialogando diretamente com a referida tradição. Já com relação a Guimarães Rosa, é publico o fato de que ele nutria pela literatura da escritora uma verdadeira eleição de leitor, como atesta seu próprio comentário à amiga de que a lia não para a literatura mas para a vida. Clarice, por sua vez, era uma leitora contumaz de Rosa, além de admiradora de sua literatura, como fez questão de dizer por várias vezes, mesmo quando se encontrava fora do Brasil.Por fim, mostraremos como a literatura da escritora conseguiu se inscrever e sobressair na tradição literária brasileira, tendo numa ponta o escritor machado de Assis e, na outra, ninguém menos do que Guimarães Rosa.

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Publicado

19.06.2009

Como Citar

Nolasco, E. C. (2009). Clarice entre dois amores: Machado de Assis e Guimarães Rosa. Raído, 3(5), 77–86. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/157

Edição

Seção

ARTIGOS - LITERATURA E PRÁTICAS CULTURAIS

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