O que são Direitos Humanos? uma proposta de alteridade, pluralismo, interculturalidade e descolonialidade
DOI:
https://doi.org/10.30612/videre.v12i24.11225Palabras clave:
Direitos de alteridade. Outridade. Direito alternativo. Direito paralelo. Giro descolonial.Resumen
Este estudo possui como objeto a análise da carga significativa do vocábulo “direitos humanos”, buscando compreendê-lo a partir de uma abordagem jurídico-sociológica. O tema é há muito objeto de reflexões. No entanto, faltam definições que o abordem de maneira satisfatória, condizente com a realidade social, em sua materialidade histórica. Dessas constatações surge o problema de pesquisa: “o que são direitos humanos?”. O objetivo não é dar resposta à pergunta, mas trazer reflexões e inquietações sobre a abordagem do que vem a ser diretos humanos. A partir do método dialético, com fim exploratório e descritivo e meio bibliográfico e documental, a pesquisa expõe inicialmente noções tradicionais de direitos humanos, marcadamente oficialistas, universalistas e deontológicas, que são contrastadas pela proposta de uma teoria crítica, com enfoque ontológico, que propõe uma definição de direitos humanos pautada na alteridade, no pluralismo jurídico, na interculturalidade e na descolonialidade.
Descargas
Citas
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CHAUÍ, Marilena; SANTOS, Boaventura de Sousa. Direitos humanos, democracia e desenvolvimento. São Paulo: Cortez, 2013.
COMPARATO, Fábio Konder. A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
FLORES, Joaquin Herrera. A (re)invenção dos direitos humanos. Tradução de Carlos Roberto Diogo Garcia et at. Florianópolis: Boiteux, 2009.
FLORES, Joaquin Herrera. Direitos Humanos, Interculturalidade e Racionalidade de Resistência in Sequência, Santa Catarina, v. 23, n. 44, 9-29, 2002.
GALEANO, Eduardo. O Livro dos Abraços. Tradução de Eric Nepomuceno. 9 ed. Porto Alegre: L&MP, 2002.
HESPANHA, Antônio Manuel. Pluralismo jurídico e direito democrático. São Paulo: Annablume, 2013.
HUNT, Lyn. A Invenção dos Direitos Humanos: uma história. Tradução de Rosaura Eichenberg. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2003.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 19 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
LYRA FILHO, Roberto. O que é Direito. São Paulo: Brasiliense, 2006.
MAZUOLLI, Valerio de Oliveira. Curso de Direitos Humanos. 5 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
PANIKKAR, Raimundo. Seria a noção de direitos humanos um conceito ocidental? in Direitos Humanos na Sociedade Cosmopolita. BALDI, César Augusto (org.). Rio de Janeiro: Renovar, 2004.
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder e classificação social in SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.
PÉREZ LUÑO, Antonio Enrique. Derechos humanos, Estado de derecho y Constitución. 4. ed. Madrid: Tecnos, 1991.
RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Por uma Concepção Multicultural de Direitos Humanos in Direitos Humanos na Sociedade Cosmopolita. BALDI, César Augusto (org.). Rio de Janeiro: Renovar, 2004.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do Pensamento Abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.
SOUSA JÚNIOR, José Geraldo. O Direito Achado na Rua: concepção e prática. Plataforma para um Direito emancipatório in SOUSA JÚNIOR, José Geraldo (org.). O Direito Achado na Rua: concepção e prática. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2015.
SOUSA JÚNIOR, José Geraldo. O Direito Achado na Rua: concepção e prática in SOUSA JÚNIOR, José Geraldo (org.). Introdução crítica ao direito. 4 ed. Brasília: Universidade de Brasília, 1993.
WARAT, Luis Alberto. A Rua Grita, Dionísio! Direitos humanos da alteridade, surrealismo e cartografia. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
WARAT, Luis Alberto. Surfando na Pororoca: Ofício do mediador. DAL RI JÚNIOR, Arno et al (org.). Florianópolis: Fundação Boiteux, 2004.
WEIS, Carlos. Direitos Humanos Contemporâneos. 3 ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
WOLKMER, Antonio Carlos. Pluralismo Jurídico: fundamentos de uma nova cultura no Direito. 3 ed. São Paulo: Alfa Omega, 2001.
WOLKMER, Antonio Carlos. Pluralismo jurídico, direitos humanos e interculturalidade. Revista Sequência, n. 53, dezembro de 2006, p. 113-128.
WOLKMER, Antonio Carlos. Teoria Círica dos Direitos Humanos. In: RADAELLI, Samual Manica; SIDEKUM, Antonio; WOLKMER, Antonio Carlos (orgs.) Enciclopedia Latino-Americana de Direitos Humanos. Blumenau: Edifurb/Nova Petrópolis, 2016.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.