Between black bodies and white Prisons: towards decolonial penal execution

Authors

DOI:

https://doi.org/10.30612/videre.v14i19.15175

Keywords:

Abolicionismo. colonialidade do poder. decolonialidade. prisão decolonial.

Abstract

Understanding the prison system as an example of how the coloniality of power operates in the perpetuation of the subalternization of socially marginalized individuals. This paper aims to reflect on the decolonization of penal execution, in order to seek other ways of thinking the prison sentence and the punitive system itself. For methodological purposes, the hypothetical deductive method was used, with a descriptive-explanatory objective and the procedure adopted will be bibliographical. As a research problem, it is questioned if it is possible to overcome the influences of colonialism in Brazilian penal execution based on the decolonial turn. It is assumed that prison, in its intrinsic structural aspects, is a consequence of coloniality, and that, therefore, to think about decolonial execution is to think, from an abolitionist perspective, how to break with the historical hierarchization of lives, which is reproduced from codes marked by race, class, gender and sexuality criteria.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Vitória Viana da Silva, Universidade Tiradentes

Mestranda em Direitos Humanos no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Tiradentes/SE. Taxista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PROSUP/CAPES). Graduada em Direito pela Universidade Tiradentes/SE (2021). Pesquisadora do Projeto DHCE (Direitos Humanos e Condições de Encarceramento) - Grupo de Pesquisa: Direito Penal e Estado Democrático de Direito (FDUSP). Integrante do Grupo de Pesquisa em Execução Penal (Unit/CNPq).

Clara Cardoso Machado Jaborandy, Universidade Tiradentes

Doutora e Mestre em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Especialista em Direito Público pela Uniderp. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Professora do Mestrado em Direitos Humanos da Universidade Tiradentes na linha 'Direitos Humanos, Novas Tecnologias e Desenvolvimento Sustentável', da Graduação em Direito da Universidade Tiradentes e de cursos de pós-graduação da UNIT e EJUSE. Coordenadora do grupo de pesquisa 'Direitos Fundamentais, Novos Direitos e Evolução Social', presente no diretório do CNPq. Advogada militante em Direito Público e Empresarial. Vice-presidente da Comissão de Estudos Constitucionais da OAB/SE.

Grasielle Borges Vieira de Carvalho, Universidade Tiradentes

Doutora em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo/SP. Mestre em Direito Penal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Especialista em Direito Penal e em Interesses Difusos e Coletivos pela Escola Superior do Ministério Público de São Paulo. Docente e Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Direito e do curso de graduação em Direito da Universidade Tiradentes. Líder dos Grupos de Pesquisas de Execução Penal e do Grupo sobre Gênero, Família e Violência do Diretório de Pesquisa do CNPq.

References

ACHUTTI, Daniel. Justiça Restaurativa e abolicionismo penal: contribuições para um novo modelo de administração de conflitos no Brasil. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

ALMEIDA, Bruno Rotta. Prisão e desumanidade no Brasil: uma crítica baseada na história do presente. Revista da Faculdade de Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 74, p. 43-63, jan./ jun., 2019.

ANDRADE, Vera Regina Pereira de. A Criminologia Crítica na América Latina e no Brasil: em busca da utopia adormecida. In: LEAL, Jackson da Silva; FAGUNDES, Lucas Machado (org.). Direitos humanos na América Latina. Curitiba: Multideia, 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA (ABA); Criminalização e Situação Prisional de Índios no Brasil. Edital Projeto de Pesquisa ESMPU nº 19/2006. Relatório Final. Brasília: ABA, 2008. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/ files/file/PIB_institucional/Criminalizacao_2007.pdf Acesso em: 20 jul. 2021.

BARAÚNA, Karen Priscila Araújo. Solidão da mulher negra na execução penal: A dignidade da presa sob o olhar do feminismo interseccional. 2018. 130p. Monografia (Graduação em Direito) - Faculdade Baiana de Direito, Salvador, 2018.

BITENCOURT, Cezar Roberto. A Falência da Pena de Prisão: Causas e alternativas. 5. Ed., Saraiva. São Paulo, 2018.

DAS, T. K.; TENG, B. S. Trust, control, and risk in strategic alliances: An integrated framework. Organization Studies, Vol 22, n.2, 2001, p. 251-283.

DAVIS, Angela. Are prisons obsolete?. New York: Seven Stories Press, 2003.

DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL. Levantamento Nacional de Informações penitenciárias – INFOPEN, Junho/2017. Disponível em: http://antigo.depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen/relatorios-sinteticos/infopen-jun-2017-rev-12072019-0721.pdf. Acesso em: 06 jan 2021.

FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro, RJ: Editora Civilização Brasileira, 1968.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Traduzido por Renato da Silveira. EDUFBA, 2008.

FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. Vol. 1. São Paulo: Dominus; Edusp, 1965.

FLAUZINA, Ana Luiza Pinheiro. Corpo negro caído no chão: o sistema penal e projeto genocida do Estado brasileiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008.

FLAUZINA, Ana Luiza Pinheiro; PIRES, Thula. Supremo Tribunal Federal e a naturalização da barbárie. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, vol. 11, n.02, p. 1211-1237, 2020.

FLAUZINA, Ana Luiza Pinheiro; PIRES, Thula. Cartas do Cárcere: horizontes de resistência política. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, vol. 10, n.03, p. 2117-2136, 2019.

FLORES, Tarsila. Genocídio da juventude negra no Brasil: as novas formas de guerra, raça e colonialidade do poder. In: MACEDO, Aldenora; LAPA, Raphael Santos; LIRA, Luana Menezes; FLORES, Tarsila (Orgs.). Direitos Humanos: diversas abordagens. 1.ed. Rio de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores, 2016.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 2021. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/anuario-brasileiro-seguranca-publica/. Acesso em: 20 jul. 2021

GÓES, Luciano. Corpos negros, prisões brancas: rediscutindo a periculosidade com o criminólogo (?) Frantz Fanon. In: Direitos humanos, saúde mental e racismo: diálogos à luz do pensamento de Frantz Fanon. Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro; organizadoras: Patrícia Carlos Magno, Rachel Gouveia Passos. Rio de Janeiro: Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, 2020. 272 p.

GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, Laranjeiras, v. 92, n. 93, p. 69-82, 1988.

HULSMAN, Louk; CELIS, Jacqueline Bernat de. Penas perdidas: O sistema penal em questão. Tradução de Maria Lúcia Karam. Niterói: Luam, 1993.

KARAM, Maria Lúcia. Aplicação da pena: Por uma nova atuação da justiça criminal. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, ano 2, n.6, abril-junho, 1994.

MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. Lisboa: Antígona, 2017.

MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. Trad. Renata Santini. São Paulo: n-1, 2018.

MIGNOLO, Walter. La ideia de América Latina. La herida colonial y la opción decolonial. Barcelona: Editorial Gedisa, 2007.

PELBART, Peter Pál. Vida Capital: Ensaios de Biopolítica. São Paulo: Iluminuras, 2003

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.) La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Colección Sur Sur. CLACSO: Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina, 2005.

RESTREPO, Eduardo ; ROJAS, Axel. Inflexióndecolonial: fuentes, conceptos y cuestionamientos. Colombia:Popayãn: Universidaddel Cuenca, 2010.

SALES, Ana Paula Correa de. A criminalização da juventude pobre no Brasil e a ascensão de um Estado de Direito Penal Máximo. 2012. 342p. Tese (Doctorado en Pasado y presente de los Derechos Humanos) - Universidad de Salamanca, Salamanca, 2012.

SALLET, Bruna Hoisler; ALMEIDA, Bruno Rotta; GOMES, Thais Bonato. Das realidades prisionais à resistência: Por uma decolonização da execução penal. In: Instituto Brasileiro de Ciências Criminais. Boletim Especial - Descolonizar as ciências criminais e os direitos humanos, São Paulo, ano 29, n. 339, fevereiro, p. 29- 32, 2021.

SANTOS, Juarez Cirino dos. Teoria da pena. Curitiba: Lumen Juris. 2005.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do pensamento abissal: Das linhas globais a uma ecologia de saberes. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs.), Espistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, 2009, p. 23-71.

SILVA et. al. Efeitos dos Controles Formais e Informais na Identificação Organizacional e na Eficácia de Equipe: um Estudo em um Hospital Militar. In: XVII Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade, 17, 2020, São Paulo. Anais. São Paulo: Editora, 2020. P. 34-38.

SILVA, Hernani Francisco da. Definições sobre a branquitude. Geledés. 2011. Disponível em: https://www.geledes.org.br/definicoes-sobre-branquitude/. Acesso em: 12 ago. 2021.

SILVA, Isabella Miranda da. Racismo institucional e colonialidade do poder punitivo nos discursos e nas práticas criminais: Os casos dos mortos de Pedrinhas (São Luís/Maranhão). 2018. 288p. Dissertação (Mestrado em Direito) - Universidade de Brasília, Brasília, 2018.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.) La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Colección Sur Sur. CLACSO: Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina, 2005.

QUIJANO, Aníbal. !Que tal raza!. Ecuador Debate, n. 48, 1999.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra Almeida Marcos Feitosa e André Feitosa. Belo Horizonte: UFMG, 2010.

SOUSA, Marília Nascimento de. A perspectiva descolonial. Revista Videre, Dourados, vol.13, nº26, p. 170-199, jan-abril, 2021.

WERMUTH, Maiquel Ângelo Dezordi; MARCHT, Laura Mallmann; MELLO, Letícia de. Necropolítica: Racismo e políticas de morte no Brasil contemporâneo. Revista de Direito da Cidade, Rio de Janeiro, vol. 12, nº 2, p.1053-1083, 2020.

VITENA, Gabrielle; CRUZ, Renata. Que se diga o óbvio sobre as prisões. Disponível em: https://ponte.org/artigo-que-se-diga-o-obvio-sobre-as-prisoes/. Acesso em: 03 ago. 2021.

ZAFFARONI, Eugênio Raúl. El sistema penal en los países de América Latina. In: ARAÚJO JR., João Marcello de. (Org.) Sistema penal para o terceiro milênio. Rio de Janeiro: Revan, 1991.

ZAFFARONI, Eugênio Raúl. O inimigo no Direito Penal. 2 ed. Tradução: Sérgio Lamarão, Rio de Janeiro, Revan, 2007.

Published

2022-07-29

How to Cite

da Silva, V. V., Machado Jaborandy, C. C., & Vieira de Carvalho, G. B. (2022). Between black bodies and white Prisons: towards decolonial penal execution. Revista Videre, 14(29), 51–67. https://doi.org/10.30612/videre.v14i19.15175

Issue

Section

Scientific Articles