Crítica marxista do direito e greve geral de 2017: estudo de caso a partir da forma jurídica
DOI:
https://doi.org/10.30612/videre.v13i28.12798Palavras-chave:
greve política, crítica marxista do direito, direito do trabalhoResumo
O objetivo do presente artigo é analisar decisões exaradas com relação à greve de uma das categorias profissionais inseridas no contexto da greve geral de 2017 contra as reformas trabalhista e previdenciária. Para tanto, inicialmente fará resgate e análise bibliográficos da crítica marxista do direito, tanto de autores estrangeiros consagrados como Pachukanis e Edelman, como também de autores brasileiros, estando a presente análise, portanto, inserida primordialmente no campo de pesquisa da sociologia do direito e do direito do trabalho. Debaterá, também, sobre ideologia jurídica e os limites do direito do trabalho para melhoria da situação da classe trabalhadora. Por fim, analisará a decisão exarada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região e pelo Tribunal Superior do Trabalho no dissídio de greve dos rodoviários da grande Vitória-ES à luz dos autores apresentados, concluindo que o método marxista de crítica do direito continua atual e necessário para se debater o papel da forma jurídica na sociedade capitalista.Downloads
Referências
BASTOS, Ronaldo. “A sociologia do direito de Marx: interdependência entre a forma-jurídica e a forma-valor no capitalismo”. Revista Brasileira de Sociologia do Direito, v. 5, n. 1, p. 122-142, jan./abr. 2018.
BATISTA, Flávio Roberto. Crítica da tecnologia dos direitos sociais. São Paulo: Outras Expressões, 2013.
______. “O conceito de ideologia jurídica em Teoria geral do direito e marxismo: uma crítica a partir da perspectiva da materialidade das ideologias”. Verinotio, Belo Horizonte, nº 19, 2015.
BRASIL. Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Recurso Ordinário nº 0010845-85.2017.5.03.0067, da 7ª turma, DJT 3 de junho de 2019, Relator Cleber Lucio de Almeida.
______.Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região. Dissídio Coletivo de Greve nº 0000196-78.2017.5.17.0000, DJT 7 de agosto de 2017, Relator José Luiz Serafini.
______. Tribunal Superior do Trabalho, Seção Especializada em Dissídios Coletivos. Recurso Ordinário nº 196-78.2017.5.17.0000, DJT 2 de abril de 2018, Relatora Maria de Assis Calsin.
BIONDI, Pablo et al. A legalização da classe trabalhadora como uma introdução à crítica marxista do direito. Revista Ltr: legislação do trabalho, São Paulo, SP, v. 80, n. 4, p. 401-413, abr. 2016.
CASALINO, Vinícius. O capital como sujeito e o sujeito de direito. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 10, n. 4, p. 2879-2922, dez. 2019.
CORREGLIANO, Danilo Uler. O sistema de controle judicial do movimento grevista no Brasil: da greve dos petroleiros em 1995 aos dias atuais. Dissertação (mestrado). Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2014.
CORREIA, Marcus Orione Gonçalves. Dogmática jurídica: um olhar marxista. In: KASHIURA Jr, Celso Naoto; AKAMINE Jr, Oswaldo; MELO, Tarso (orgs). Para a crítica do direito: reflexões sobre teorias e práticas jurídicas. São Paulo: Outras Expressões, 2015.
______. A legalização da classe trabalhadora: uma leitura a partir do recorte da luta de classes. In: SIQUEIRA, Germano et al. (orgs.). Direito do Trabalho: releituras, resistência. São Paulo: LTr, 2017, pp. 139-154.
DE SOUZA, Nathalia Karollin Cunha Peixoto; COSTA, Paulo Sérgio Weyl Albuquerque. As diferenças entre o marxismo jurídico de Roberto Lyra Filho e Márcio Bilharinho. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 10, n. 4, p. 2818-2857, dez. 2019.
EDELMAN, Bernard. A legalização da classe operária. São Paulo: Boitempo, 2016.
______. Direito captado pela fotografia: elementos para uma teoria marxista do direito. Coimbra: Centelha, 1976.
LYRA FILHO, Roberto. Direito do Capital e Direito do Trabalho. Porto Alegre: Fabris, 1982.
PACHUKANIS, Evgeni. A Teoria Geral do Direito e o Marxismo e Ensaios Escolhidos (1921-1929). São Paulo: Sundermann, 2017.
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro 1: O processo de produção do capital. São Paulo: Boitempo, 2013.
______. O Capital. Livro 1, Capítulo VI (inédito). São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas LTDA., 1978.
MOLITOR, T. E. Forma jurídica e gênero: uma análise pachukaniana. Revista Brasileira de Sociologia do Direito, v. 5, n. 3, 1 set. 2018.
NAVES, Márcio Bilharinho. A questão do direito em Marx. São Paulo: Outras Expressões; Dobra Universitário, 2014.
______. Marxismo e direito: um estudo sobre Pachukanis. São Paulo: Boitempo Editorial, 2008.
ZOLA, Émile. Germinal. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Videre
Este trabalho é licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.