Observações sobre a educação escolar indígena e saberes tradicionais Guarani e Kaiowá em Dourados, Mato Grosso do Sul: múltiplas veredas, diferentes perspectivas
DOI:
https://doi.org/10.30612/re-ufgd.v6i12.9563Palavras-chave:
Guarani e Kaiowá. Educação. Cosmologia.Resumo
A compreensão de um universo de relações sociais indígenas por meio da análise da pratica de rituais religiosos, nos remete a pensar não apenas em uma direção e sim em uma pluralidade de sentidos, signos, símbolos e conceitos que estão em constante suspensão e que referem a própria experiência vivida representada em sua execução; sistemas são construídos e junções entre saberes são necessárias para perpetuação de tradições e conhecimentos, e neste universo de construções e dinamicidades onde vários atores participam no sentido de conectar sentidos, experiências, praticas, que se constituirão em modelos a serem seguidos pelas futuras gerações, a educação se faz presente como uma necessidade de se fazer sentir e se fazer ser social e pertencer a coletividade e para esta contribuir para sua existência. Nesta acepção, conseguimos perceber o ritual como uma espécie de linguagem coletiva, um símbolo representativo de algumas verdades transcendentais, que incorporam uma pratica dinamizada que permeia por uma rede complexa de ações significativas capazes de unir um grupo e convencê-lo por meio de sua eficácia (MAUSS, 2003). Mais do que um movimento cosmológico de ordem reflexiva e ou contemplativa, “os rituais de uma sociedade ampliam, focalizam, põem em relevo e justificam o que já é usual nela” (PEIRANO, 2002, p. 8).
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