A prática extensionista e a economia solidária na incubadora de tecnologias sociais e solidárias
DOI:
https://doi.org/10.30612/re-ufgd.v6i11.9265Palavras-chave:
Economia Solidária. Geração de Renda. Incubadora Social.Resumo
A Incubadora de Tecnologias Sociais e Solidárias – ITESS é um setor da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários voltados para o fomento e incubação de empreendimentos em Economia Solidária, pautados nos pilares de Autogestão, Gestão Científica, Incubação, Formação Cidadã, Segurança Alimentar, Agroecologia e Produção Orgânica e Questões de Gênero. Para Singer (2002) as formas alternativas de economia surgiram ainda no final do século XIX com o empobrecimento dos artesãos devido aos graves danos sociais causados pelo capitalismo industrial. Sendo que estas ações são fortemente pautadas na educação popular, cabe às Universidades fortalecer estes grupos, oferecendo qualificação técnica, em diversas áreas desde a gestão até às áreas técnicas de produção, como produção de alimentos desde a terra até o consumo (aspectos nutricionais). Diante disso os projetos desenvolvidos atualmente estão atrelados também à Agricultura Familiar. A metodologia de trabalho da Incubadora é dinâmica e se adapta a partir das demandas sociais, oportunidades de financiamento e parcerias com organizações dos diversos setores – sempre através de projetos de extensão, sendo que em todas as perspectivas de alternativa social e econômica se mantém. Muitos são os desafios da prática extensionista, mas podem-se destacar três principais no modelo da ITESS: 1) a infraestrutura ofertada para que os grupos sociais iniciem sua atividade produtiva é adaptada de um espaço de ensino, e como tal, possui limitações físicas, bem como limitações de investimento e financiamento; 2) Pela característica de incubação através de projetos, muitas demandas dos grupos sociais e da comunidade acadêmica envolvida surgem depois do início das atividades, o que provoca a necessidade de ajustes no projeto inicial, ou a submissão de novos projetos para atender novas demandas, antes não previstas. E por fim, 3) ainda são pouco conhecidas as práticas da ITESS/UFGD pela comunidade interna e externa, apesar de alguns projetos incubados se destacarem. Destaca-se este último desafio, pois o aumento da procura pelos serviços da incubadora, inclusive como oportunidade de extensão pelo público universitário, possibilitaria o efetivo compromisso da extensão universitária, colocando os acadêmicos em contato com a comunidade e colocando em prática e desenvolvendo seus conhecimentos. Observa-se ainda que as cooperativas - que foram o primeiro tipo de empreendimento a romper os paradigmas de Capital e Trabalho - ainda não são um público atendidos pela ITESS/UFGD sendo, portanto, uma oportunidade para projetos futuros.Downloads
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