Mulheres assentadas e quilombolas na produção de alimentos orgânicos: resultados de ações de extensão universitária
DOI:
https://doi.org/10.30612/realizacao.v12i23.20008Palavras-chave:
Agricultura orgânica, Empoderamento feminino, Extensão universitária.Resumo
O objetivo do presente artigo é de apresentar resultados de ações de extensão desenvolvidas por docentes e estudantes universitários/as, junto a mulheres e homens que vivem em áreas da reforma agrária e de território quilombola, organizados em torno da produção de base orgânica, no cultivo de verduras, legumes e frutas, bem como envolvidos/as com a produção de mel e leite. Pretendeu-se apontar a dinâmica para a produção e de seus resultados na vida das pessoas e dos lugares onde vivem. No território Quilombola, localizado próximo à cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul/Brasil, são desenvolvidos diversos projetos de extensão, dentre eles: cursos para preparo de alimentos, precificação da produção, organização de cardápio para o preparo de refeições, produção de verduras, legumes e frutas com base orgânica; cursos de técnicas de produção de pães e biscoitos; curso de aproveitamento/transformação, comercialização da produção e agregação de valor. Como resultado foi encontrado que as ações desenvolvidas com mulheres assentadas e quilombolas, envoltas com a produção orgânica de mel, hortaliças e legumes estão fortalecendo e viabilizando cadeia produtiva de alimentos saudáveis, desde a produção de mel, advindo das potencialidades das matas, bem como formando redes de apoio com famílias assentadas, criando grupo para a produção em hortas comunitárias e formação de pomares com frutíferas. Essa nova luta vem dinamizando as pequenas propriedades e produzindo, além de alimentos, promove contentamento, ânimo para seguir adiante e melhorar o dia a dia da vida das famílias.
Downloads
Referências
COSTA DA CUNHA, A.; OLIVEIRA BRITO, K.; CHAGAS DE ÁVILA, M.; TEIXEIRA BARCIA, M.; KAEHLER SAUTTER, C.; AUGUSTO BALLUS, C. Relato de uma experiência de formação: Mulheres cervejeiras do Pantanal mato-grossense. Revista Brasileira de Extensão Universitária, n. 14, v. 2, p. 113–125. 2023. DOI: https://doi.org/10.36661/2358-0399.2023v14n2.12891
DEERE, C. D.; LEON, M. O Empoderamento da Mulher: direito à terra e direitos de propriedade na América Latina. Porto Alegre, RS: Editora UFRGS, 2002.
FARIAS, M. F. L. Relações de gênero: dilemas e perspectivas. Dourados-MS: UFGD, 2009.
FREITAS, A. A. R. de. A reforma agrária em Mato Grosso do Sul: os dilemas e as possibilidades nos assentamentos rurais a partir da análise dos dados do INCRA. Programa de Pós Graduação em Sociologia/UFGD (Dissertação de Mestrado), Dourados, 2020.
GANDRA, J. R.; de ALMEIDA PEDRINI, C.; da SILVA ALEM, B.; de OLIVEIRA, E. R.; PEIXOTO, E. L. T.; de ARAÚJO GABRIEL, A. M.; COSTA, R. C. Utilização de biodigestor no assentamento Itamarati: Sustentabilidade para a comunidade rural. Realização, v. 8, n. 16, p. 21–32, 2021. DOI: https://doi.org/10.30612/realizacao.v8i16.15340
GONÇALVES, L. W.; GONÇALVES, T. W.; MUGLIA, G. R. P.; ALENCAR, A. M. S.; SILVA, J. T.; DE ARAÚJO GABRIEL, A. M.; DE OLIVEIRA, E. R. Consultoria Rural Como Ferramenta De Extensão Rural. Realização, v.11, n.22, p e24001-e24001 ,2024. DOI: https://doi.org/10.30612/realizacao.v11i22.19306
LEITE, G. D. O., SILVA, J. T.; DE OLIVEIRA, E. R.; DE ALMEIDA, A. S.; DA SILVA, J. F.; GABRIEL, A. M. A.; MUNIZ, E. B. Silvipastory System In Areas Of Small Rural Farmers In Mato Grosso Do Sul. Realização, v.10, n.20, p.183-194,2023. DOI: https://doi.org/10.30612/realizacao.v10i20.17719
MARTINS, A. C.; MENEGAT, A. S. In: MENEGAT, A. S. OLIVEIRA, E. R. de. (orgs.). Saberes e experiências com a produção orgânica e agroecológica. Dourados: Editora da UFGD, 2022. DOI: https://doi.org/10.30612/9788581471938
MENEGAT, A. S. Leituras sobre mulheres: o fazer e o refazer de caminhos. Dourados-MS: UFGD, 2016. Acesso: 08 maio 2025, disponível em: < https://files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/EDITORA/catalogo/leituras_sobre_mulheres.pdf>
MENEGAT, A. S.; OLIVEIRA, E. R.; GANDRA, J. R. (Orgs.). Caminhos da produção orgânica e agroecológica: alternativas ambientais e de qualidade de vida, Dourados-MS: UFGD, 2022.
MENEGAT, A. S.; OLIVEIRA, E. R. (Org.). Saberes e Experiências com a produção orgânica e agroecológica. 1. ed. Dourados MS: Editora da UFGD, 2022. v. 1. 256p. DOI: https://doi.org/10.30612/9788581471938
MENEGAT, A. S. Mulheres assentadas e acadêmicas construindo novos pertencimentos sociais. In: PINHEIRO, A. S.; TEDESCHI, L. A.; MARCHARNER, W. (Orgs). Saberes da terra: teoria e vivências. Dourados: Ed. UFGD, 2012. p. 223 - 246.
MENEGAT, A. S.; FARIAS, M. F. L de; TEDESCHI, L. A. Educação, relações de gênero e movimentos sociais: um diálogo necessário. Dourados-MS: UFGD, 2009.
SANTOS, L. dos. O que é trabalho? Essência humana ou mercadoria? In Sociologia do Trabalho. Inhumas, GO: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, 2012.
HOLGADO - SILVA, H. C.; PEIXOTO, E. L. T.; OLIVEIRA, E. R. de; GABRIEL, A. M. de A.; ASSIS, C. R. R. de: MACHADO, G. S.; CONCEIÇÃO, C. A. da. Extensão Rural na Produção de Mel Orgânico e Geração de Renda para Mulheres no Assentamento Rural Areias –Nioaque/MS. Realização, v. 10, n. 20, p. 208-221, DOI: https://doi.org/10.30612/realizacao.v10i20.17809
VIEIRA, M. G. M.; IZA, O. B.; GOETTEN, G. I.; PEREIRA, Y. C. C. Multiatividades na perspectiva agroecológica: contribuições aos objetivos de desenvolvimento sustentável. Revista Ciência em Extensão, v. 17, p. 1-19, 2021 DOI: https://doi.org/10.23901/1679-4605.2021v17p1-19
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Fabio Pereira Nunes, Alzira Salete Menegat, Euclides Reuter de Oliveira, Marisa de Fátima Lomba de Farias, Giuliano Reis Pereira Muglia, Izadora Danielly Rodrigues Mello

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista aceitam as normas de publicação, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
