Triagem Interventiva e Psicoterapia Analítica Funcional (FAP): relato de experiência em um serviço/clínica escola de psicologia
DOI:
https://doi.org/10.30612/re-ufgd.v6i12.9355Palabras clave:
Triagem Interventiva. Psicoterapia Analítica Funcional. Serviço/Clínica-Escola de Psicologia.Resumen
O artigo objetiva relatar a experiência do processo Triagem Interventiva com o enfoque da Psicoterapia Analítica Funcional (FAP), desenvolvido em um Serviço/Clínica-Escola de Psicologia. A Triagem Interventiva buscou acolher os usuários cadastrados em fila de espera do Centro de psicologia Aplicada. O processo teve duração quatro meses, utilizou-se como instrumentos de coleta de dados o protocolo de triagem do Serviço/Clínica-Escola de Psicologia e o modelo de conceituação de caso FAP. Ao todo foram atendidos a vinte e cinco usuários, dezoito do gênero feminino e seis do gênero masculino, com faixa etária de 6 a 65 anos. Dentre as principais queixas identificadas ansiedade e ideação suicida, seguida por problemas relacionados a questões familiares. Quanto aos comportamentos clinicamente relevantes identificou-se como problema o mais frequente apresentado pelos clientes/participantes a dificuldades em acessar e descrever sentimentos, quando aos progressos foi possível identificar Diminuição da significativa a incidência de excesso de fala e o compartilhamento de assuntos íntimos. Diminuição de comportamentos que tinham por função esquivar-se de assuntos. Foram também identificados comportamentos problemas e alvo dos terapeutas salientando papel da supervisão para a identificação de pontos fortes e pontos. Sobre as sugestões de encaminhamentos e planos psicoterapêuticos, casos mais severos foram encaminhados a serviços especializados de atenção à saúde mental e psicoterapia individual, além de interversões em grupo de mulheres, habilidades sociais e parentais. A experiência permitiu identificar a viabilidade da realização da TI sob a perspectiva da FAP, além de contribuir nos aspectos formativos dos acadêmicos do curso de psicologia.
Descargas
Citas
ANCONA-LOPEZ, S. A porta de entrada: Reflexões sobre a triagem como processo interventivo. In: Simon, C. P., Melo-Silva, L. L., & Santos, M. A. (Orgs.). Formação em Psicologia: Desafios da diversidade na pesquisa e na prática. São Paulo: Vetor Editora, 2005.
BANACO, R. A. O impacto do atendimento sobre a pessoa do terapeuta. Temas psicol., Ribeirão Preto , v. 1, n. 2, p. 71-79, ago. 1993 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X1993000200010&lng=pt&nrm=iso> Acessos em 29 jan. 2019.
BARBIERI, V. Por uma ciência-profissão: o psicodiagnóstico interventivo com o método de investigação científica. Psicologia em Estudo, v. 13, n. 3, pp. 575-584, 2008. Disponível em <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=287122110019> Acessos em 25 jan. 2019.
BOLSONI-SILVA, A. T.; FOGACA, F. F. S. Promove - Pais. Treinamento de habilidades sociais educativas: guia teórico e prático. 1. ed. São Paulo: Hogrefe, 2018.
CAMPEZATTO, P. M. NUNES, M. L. T. Caracterização da clientela das clínicas-escola de cursos de Psicologia da região metropolitana de Porto Alegre. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre , v. 20, n. 3, p. 376-388, 2007 Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722007000300005&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 29 Jan. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722007000300005.
CERIONI, R. A. N. HERZBERG, E. Triagem psicológica: da escuta das expectativas à formulação do desejo. Psicol. teor. prat., São Paulo , v. 18, n. 3, p. 19-29, dez. 2016 . Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872016000300002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 25 jan. 2019. http://dx.doi.org/10.5935/1980-6906/psicologia.v18n3p19-29.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA; CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DE SÃO PAULO; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO DE PSICOLOGIA. Carta de serviços sobre estágios e Serviços- Escola. Brasília. 2013
ENÉAS, M.L.E., FALEIROS, J.C. & SÁ, A.C.A. (2000) Uso de psicoterapias breves em clínica-escola: caracterização dos processos com adultos. Psicologia: Teoria e Prática 2 (2), 9-30. Disponível em: https://psycnet.apa.org/record/2002-13636-001. Acesso em 25 jan. 2019.
FALCÃO, A. P.; BOLSONI-SILVA, A. T.. Promove - Crianças. Treinamento de habilidades sociais. 1. ed. São Paulo: CETEPP/Hogrefe, 2016.
HERZBERG, E.; CHAMMAS, D. Triagem estendida: serviço oferecido por uma clínica-escola de psicologia. Paidéia (Ribeirão Preto), Ribeirão Preto, v. 19, n. 42, p. 107-114, Apr. 2009 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-863X2009000100013&lng=en&nrm=iso. Acesso em 29 Jan. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-863X2009000100013.
KOHLEMBERG, R. J. TSAI, M. Psicoterapia Analítica Funcional: Criando Relações Terapêuticas Intensas e Curativas. Trad.: Rachel Rodrigues Kerbauy. Ed: ESETec. Santo André. 2006.
KANTER, J. W. et al. Avaliação e Formulação de caso. In: TSAI, M. KOHLENBERG J. R. KANTER, W. J. KOHLENBERG, B. FOLLETTE, C. W. CALLAGHAN, W. G. (Orgs.). Um guia para a psicoterapia analítica funcional (FAP): consciência, coragem, amor e behaviorismo. Trad: Fátima Cristina de Souza Conte e Maria. Zilah S. Brandão. Santo André: Esetec. 2011.
LOPES, D. C. et al. Treinamento de habilidades sociais: Avaliação de um programa de desenvolvimento interpessoal profissional para universitários de ciências exatas.. Interação em Psicologia, Curitiba, v. 21, n. 1, jul. 2017. ISSN 1981-8076. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/36210. Acesso em 29 jan. 2019. doi:http://dx.doi.org/10.5380/psi.v21i1.36210.
MARAVIESKI, S. SERRALTA, F. B. Características clínicas e sociodemográficas da clientela atendida em uma clínica-escola de psicologia. Temas psicol., Ribeirão Preto, v. 19, n. 2, p. 481-490, dez. 2011. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2011000200011&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 29 jan. 2019.
MARTIM, G.; SILVEIRA, J. A tarefa de casa na Psicoterapia Analítica Funcional. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 19, n. 3, p. 63-76, 15 dez. 2017. Disponível em: http://www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/article/view/1055. Acesso em: Jan/2019.
NETO E. C. A.; LETTIERI, D. O autoconhecimento na terapia comportamental: revisão conceitual e recursos terapêuticos como sugestão de intervenção. (2018). In: DE FARIAS, A.K. FONSECA, F.N. NERY, L.B. Teoria e Formulação de Casos em Análise do Comportamento Clínica. Porto Alegre: Artmed, 2018.
PERES, R. A.; SANTOS, M. A.; COELHO, H. M. B. Perfil da clientela de um programa de pronto-atendimento Psicológico a estudantes universitários. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 1, p. 47-54, 2004 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pe/v9n1/v9n1a07.pdf. Acesso em 25 jan. 2019.
POPOVITZ, J.; SILVEIRA, J. A Especificação do Responder Contingente do Terapeuta na Psicoterapia Analítica Funcional. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 16, n. 1, p. 5-20, 1 abr. 2014. Disponível em: http://www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/article/view/654. Acesso em: Jan/2019.
OLAZ, F. O.; MEDRANO, L. A.; CABANILLAS, G. A. Programa Vivencial versus Programa Instrucional de Habilidades Sociais: Impacto sobre a Autoeficácia de universitários. In: DEL PRETTE, Z. A. P. & DEL PRETTE, A. (Orgs). Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo. São Paulo: Casa do Psicólogo 2° ed. 2017.
ROCHA, Maria Cristina. Plantão psicológico e triagem: aproximações e distanciamentos. Rev. NUFEN, São Paulo, v. 3, n. 1, p. 119-134, 2011. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912011000100007&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 29 jan. 2019.
ROMARO, R. A. CAPITÃO, C. G.. Caracterização da clientela da clínica-escola de psicologia da Universidade São Francisco. Psicol. teor. prat., São Paulo, v. 5, n. 1, p. 111-121, jun. 2003 . Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872003000100009&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 29 jan. 2019.
SALINAS, P.; SANTOS, M. A. Serviço de Triagem em Clínica-Escola de Psicologia: A Escuta Analítica em Contexto Institucional. Psyché, v.1, n.9, pp. 177-196, 2002. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=30700914. Acesso em: 29 jan. 2019.
SEHNEM, S. B.; ABATI, A. M. Caracterização da Clientela Numa Clínica-escola de Psicologia dm Santa Catarina. Seminário de Iniciação Científica, Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão e Mostra Universitária, [S.l.], ago. 2016. ISSN 2237-6593. Disponível em: https://editora.unoesc.edu.br/index.php/siepe/article/view/10654/6315. Acesso em: 29 Jan. 2019.
WEBER, L. N. D.; SALVADOR, A. P. V.; BRANDENBURG, O. J. Programa de Qualidade na Interação Familiar - 2a. edição revista e atualizada. Curitiba: Juruá, 2011.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista aceitam as normas de publicação, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.