Uma metodologia para pesquisas de conforto térmico a partir do estudo da Cidade Universitária de Dourados (MS)
DOI:
https://doi.org/10.55761/abclima.v35i20.18142Palavras-chave:
Temperatura Efetiva, Clima Urbano, Espaços LivresResumo
Este estudo tem como objetivo apresentar uma metodologia de análise de desconforto térmico que levou em consideração a Temperatura Efetiva e respostas de entrevistas realizadas com frequentadores da Cidade Universitária de Dourados, situada no município de Dourados (MS). A área abrange a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e a Universidade Federal da Grande Dourados. A Temperatura Efetiva foi calculada a partir dos registros de 13 termo-higrômetros instalados na área de pesquisa, que coletaram dados de hora em hora durante o período de 22/03/2022 a 23/03/2023. Entre maio 2022 e dezembro 2022 (dois períodos), foram realizadas 393 entrevistas. As variáveis subjetivas analisadas incluíram percepção térmica, estado emocional, preferência e satisfação dos entrevistados em relação ao conforto térmico nas áreas externas da Cidade Universitária. Os resultados revelam que a combinação da análise da Temperatura Efetiva e das entrevistas enriqueceu a pesquisa, evidenciando que a compreensão do desconforto não se restringe apenas aos dados termo-higrométricos. As entrevistas proporcionaram uma visão mais holística, destacando nuances que não seriam percebidas apenas por meio de análises objetivas.
Downloads
Referências
ASHRAE. Standard 55 - Thermal Environmental Conditions for Human Occupancy. Atlanta, GA: American Society Of Heating, Refrigerating And Air-Conditioning Engineers, 2017.
BLAZEJCZYK, Krzysztof; EPSTEIN, Yoram; JENDRITZKY, Gerd; STAIGER, Henning; TINZ, Birger. Comparison of UTCI to selected thermal indices. International Journal Of Biometeorology, [S.L.], v. 56, n. 3, p. 515-535, 26 maio 2011. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1007/s00484-011-0453-2.
CHANDLER, T. J.. The climate of London. Londres: Hutchinson, 1965. 289 p.
CUI, Weilin; CAO, Guoguang; PARK, Jung Ho; OUYANG, Qin; ZHU, Yingxin. Influence of indoor air temperature on human thermal comfort, motivation and performance. Building And Environment, [S.L.], v. 68, p. 114-122, out. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.buildenv.2013.06.012.
DÁVILA, J. S. ; GRIGOLETTI, G. C. ; FARIA, M. R. ; GOBO, J. P. A. . The thermal comfort of pedestrians in a humid subtropical climate according to different thermal perception ratings. International Journal Of Biometeorology, v. 1, p. 1-16, 2024.
DUBREUIL, Vincent et al. Os tipos de climas anuais no Brasil: uma aplicação da classificação de köppen de 1961 a 2015. Confins, [S.L.], n. 37, 24 set. 2018. OpenEdition. http://dx.doi.org/10.4000/confins.15738.
FIETZ, Carlos Ricardo. et al. O clima da Região de Dourados, MS. 3. ed. Dourados: Embrapa, 2017. 31 p. Documento 138. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1079733/1/DOC2017138FIETZ.pdf. Acesso em: 05 abr. 2022.
FIETZ, Carlos Ricardo; FISCH, Gilberto Fernando. O Clima da Região de Dourados, MS. 2. ed. Dourados: Embrapa, 2008. 32 p. Documento 92. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/37989/1/DOC200892.pdf. Acesso em: 05 abr. 2022.
GOBO, João Paulo de Assis. Bioclimatologia Subtropical E Modelização Do Conforto Humano: da escala local à regional. 2018. 396 f. Tese (Doutorado) – Curso de Geografia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.
HOWARD, L. The Climate of London: Deduced from Meteorological Observations, made in the metropolis and at various places around it. 2. ed. Londres: IAUC, 1833. 285 p. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/292141041_The_Climate_of_London_by_Luke_Howard_1833> Acesso em: 22 fev. 2024.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). População estimada 2021. IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estimativas da população residente com data de referência 1º de julho de 2021. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/dourados/panorama> Acesso em: 31 mar. 2022.
INTERNATIONAL ORGANISATION FOR STANDARDISATION. ISO 10551: Ergonomics of the thermal environment - Assessment of the influence of the thermal environment using subjective judgment scales. Genebra: ISO, 2001.
INTERNATIONAL ORGANISATION FOR STANDARDISATION. ISO 7730. Ergonomics of Thermal Environment – Analytical Determination and Interpretation of Thermal Comfort Using Calculation of the PMV and PPD Indices and Local Thermal Comfort Criteria. Genebra: ISO, 2005.
JIANG, J.; WANG, D.; LIU, Y.; XU, Y. LIU, J. A study on pupils' learning performance and thermal comfort of primary schools in China. Building and Environment, n. 134, p. 102-113, 2018. https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2018.02.036
KOWALTOWSKI, Doris Catharine Cornelie Knatz. Arquitetura Escolar: o projeto do ambiente de ensino. 1. ed. São Paulo: Oficina de Texto, 2011. 272 p.
LAMBERTS, R. Conforto e stress térmico. Florianópolis: UFSC, 2011. 87 p.
LAMBERTS, R. Desempenho térmico de edificações. Florianópolis: UFSC, 2016. 239 p.
LANDSBERG, M. E. The urban climate. New York: Academia Press, 1981. 276 p.
LIU, H.; MA, X.; ZHANG, Z.; CHENG, X.; CHEN, Y.; KOJIMA, S. Study on the Relationship between Thermal Comfort and Learning Efficiency of Different Classroom-Types in Transitional Seasons in the Hot Summer and ColdWinter Zone of China. Energies, n. 14, 2021. https://doi.org/10.3390/en14196338.
MARÇAL, V. G.; SOUZA, H. A.; COELHO, F. F. M.; MARÇAL, C. C. S. Relevância e percepção do conforto térmico no processo de aprendizagem em sala de aula. Boletim Técnico do Senac, v. 44, p. 190-201, 2018.
MONTEIRO, Carlos Augusto de Figueiredo. Teoria e clima urbano. São Paulo, USP, 1976. 181 p.
MONTEIRO, Leonardo Marques; ALUCCI, Marcia Peinado. Questões teóricas de conforto térmico em espaços abertos: consideração histórica, discussão do estado da arte e proposição de classificação de modelos. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 7, n. 3, p. 43-58, jul./set. 2007
NIMER, E. Climatologia do Brasil. Série Recursos Naturais e Meio Ambiente – N° 4, Superintendência de Recursos Naturais e Meio Ambiente – SUPREN. Rio de Janeiro: IBGE, 1979, 422 p.
NIMER, Edmon. Climatologia do Brasil. 2. ed. - Rio de Janeiro: IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 1989. 421 p.
NOGUEIRA, Ruth E. Cartografia: representação, comunicação e visualização de dados espaciais. 2ª Ed. Revista. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008. 314 p.
NOVAIS, G. T.; MACHADO, L. A. Os climas do Brasil: segundo a classificação climática de Novais. Revista Brasileira de Climatologia, [S. l.], v. 32, n. 19, p. 1–39, 2023. DOI: 10.55761/abclima.v32i19.16163. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/rbclima/article/view/16163. Acesso em: 25 fev. 2024.
OKE, T. R. Boundary Layer Climates. London: Methuen young books, 1978. 318 p.
PITTON, S. E. C. As cidades como indicadores de alterações térmicas. 1997. Tese (Doutorado em Geografia Física) -Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo,1997.
RAMPAZZO, C. R.; SANT’ANNA NETO, J. L. . Clima e qualidade ambiental urbana em Alfredo Marcondes/SP: análise em episódio de inverno. Revista Geonorte, v. 2, p. 194-206, 2012.
RAMPAZZO, C. R.; SANT’ANNA NETO, J. L. . Episódio do clima urbano em São Carlos/SP em situação sazonal de outono em 2014: modelagem da ilha de calor urbana. Revista Entre-Lugar, v. 10, p. 133-150, 2019.
REMELLI, Andressa Garcia; SILVA, Charlei Aparecido da. Espaços livres, a percepção do calor em uma cidade continental, o inverno de 2018 – Dourados (MS / Brasil). Revista Brasileira de Climatologia, Curitiba, ano. 17, v. 28, p. 406-429, abr. 2021. Semestral.
SARTORI, Maria da Graça Barros. Clima e Percepção Geográfica: fundamentos teóricos à percepção climática e á bioclimatologia humana. Santa Maria, 2014. 192 p.
SCHNEIDER, H. ; SILVA, C. A. . As características do clima de Dourados/MS e adjacências a partir da série histórica de 1980 a 2009. Revista Geografares, v. 16, p. 01-21-01-21, 2014.
SCHNEIDER, H. ; SILVA, C. A. . Características da dinâmica climática de Dourados/MS. Revista GeoNorte, v. 1, p.782-791, 2012.
SCHWEIKER, Marcel et al. Contextual differences in the interpretation of thermal perception scales – the data base from a large-scale international questionnaire study. Open Science Framework, [S.L.], ago. 2019. Open Science Framework. http://dx.doi.org/10.17605/OSF.IO/9P2GQ.
SOUSA, M. C. B. de; LEDER, S. M. Reflexões sobre terminologias utilizadas para definir o conforto térmico humano. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 10, p. e019028, 2019. DOI: 10.20396/parc.v10i0.8653185. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8653185. Acesso em: 24 mar. 2023.
SOUZA, Débora Moreira de; NERY, Jonas Teixeira. O Conforto térmico na perspectiva da Climatologia Geográfica. Geografia, Londrina, v.21, n. 2, p. 65-83, maio/ago. 2012.
TEIXEIRA, Danielle Cardoso Frasca; AMORIM, M. C. C. T. . Intensidade, magnitude e evolução diária da ilha de calor atmosférica em cidades de pequeno porte: análise simultânea a partir das Zonas Climáticas Locais (LCZs). Revista Brasileira de Climatologia, v. 30, p. 377-401, 2022.
UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Plano de desenvolvimento institucional: Período: 2021 – 2025. Dourados, UEMS, 2021. Disponível em: < http://www.uems.br/pdi/assets/arquivos/PPI%202021-2025%20-%20Vers%C3%A3o%20Final.pdf>. Acesso em: 28 de abr. 2022.
UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados. 2019_Relatório de Indicadores da PROGESP - UFGD. v.4.0: Dourados, UFGD, 2019. Disponível em: < https://portal.ufgd.edu.br/setor/indicadores/gestao-pessoas>. Acesso em: 22 de abr. 2022.
UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados. Carta de serviços 2021. Dourados, UFGD, 2021. Disponível em: <https://files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/CARTA-DE-SERVICO/Carta%20de%20Servi%C3%A7os%20ao%20Usu%C3%A1rio%20da%20UFGD/Carta%20de%20servi%C3%A7os%20ao%20cidad%C3%A3o%20(UFGD).pdf>. Acesso em: 20 de abr. 2022.
UNITED NATIONS. World Urbanization Prospects 2018 Highlights. Department of Economic and Social Affairs, Population Division. 2019. Disponível em: < https://population.un.org/wup/Publications/Files/WUP2018-Highlights.pdf> Acessado em 19 de ago. 2022.
ZAVATINI, J. A. Dinâmica climática no Mato Grosso do Sul. Geografia, Rio Claro, v. 17, n. 2, 1992, p. 65-91.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A aprovação dos artigos implica a aceitação imediata e sem ônus de que a Revista Brasileira de Climatologia terá exclusividade na primeira publicação do artigo. Os autores continuarão, não obstante, a deter os direitos autorais. Os autores autorizam também que seus artigos sejam disponibilizados em todos os indexadores aos quais a revista está vinculada.
Os autores mantém seus direitos de publicação sem restrições
A Comissão Editorial não se responsabiliza pelos conceitos ou afirmações expressos nos trabalhos publicados, que são de inteira responsabilidade dos autores.
A Revista Brasileira de Climatologia oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o entendimento de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização do conhecimento e tende a produzir maior impacto dos artigos publicados. Os artigos publicados na revista são disponibilizados segundo a Licença Creative Commons CC-BY-NC 4.0 (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/). Segundo essa licença é permitido acessar, distribuir e reutilizar os artigos para fins não comerciais desde que citados os autores e a fonte. Ao submeter artigos à Revista Brasileira de Climatologia, os autores concordam em tornar seus textos legalmente disponíveis segundo essa licença
