Análise das modificações nas áreas industriais da zona oeste de Fortaleza por meio da temperatura de superfície entre 1985 e 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55761/abclima.v35i20.17720

Palavras-chave:

temperatura de superfície terrestre, Uso e cobertura do solo, Sensoriamento remoto

Resumo

O desenvolvimento das cidades acelerou as transformações do meio natural para o urbano trazendo consigo diferentes impactos ambientais e sociais. Entre os problemas associados, destaca-se o aumento da temperatura de superfície da cidade como um todo. Grandes áreas impermeabilizadas, mudança do uso e cobertura do solo, usos de materiais que absorvem e retém mais radiação solar e pelo calor antropogênico são fatores que aumentam a temperatura de superfície terrestre (TST), influenciando na temperatura do ar e gerando adversidades para os habitantes. Portanto, a análise da TST pode ser um importante indicador para avaliar os efeitos das transformações urbanas dentro da cidade. A relevância desse estudo está no potencial de embasar futuras decisões de planejamento urbano direcionadas a uma melhor qualidade de vida para a população. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo analisar as relações entre a temperatura de superfície e as transformações do uso do solo ocorridas entre 1985 e 2020, através do desenvolvimento de mapas de TST, análise de imagens aéreas e busca na literatura sobre as modificações que ocorreram em áreas que já foram ou ainda são industriais na zona Oeste de Fortaleza. Os resultados mostraram que apesar de o espaço de algumas indústrias terem sido transformados e estarem atualmente apenas com o solo exposto, mesmo que seja uma área livre e permeável, houve um aumento na TST, demonstrando que esses espaços necessitam de sombreamento, preferencialmente por vegetação, para a amenização a TST.

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Biografia do Autor

Chris Anelise Costa Campos, Universidade Federal do Ceará

Arquiteta e Urbanista formada pela Universidade de Fortaleza, especialista em Paisagismo também na Universidade de Fortaleza e mestre no Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) pela UFC com pesquisa sobre vazios urbanos e as transformações socioambientais. Durante a graduação participei do grupo de pesquisa sobre "Espécies nativas para uso na arborização urbana" e do programa de monitoria da disciplina de Ateliê V: Arquitetura hospitalar e paisagismo. Já no mestrado estagiei na disciplina de Geografia do Turismo na graduação de Geografia da UFC. Atualmente participo do grupo de pesquisa Climatologia Geográfica e Recursos Hídricos. Estou exercendo a docência na disciplina de Paisagismo no Centro Universitário Christus e cursando o 2 semestre do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Estácio.

Maria Elisa Zanella, Universidade Federal do Ceará

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (1987), mestrado em Organização do Espaço pela Universidade Estadual Paulista Rio Claro (1992) e doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná (2006). Participou como Bolsista de Estudos no Exterior na modalidade Docente no âmbito do Programa de Cooperação Internacional CAPES/AULP (2015). Atualmente é professora da graduação e pós-graduação em Geografia e PRODEMA da Universidade Federal do Ceará. ÉCoordenadora do Doutorado do PRODEMA (Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente- UFC). Também foi Pesquisadora Pq do CNPq. Tem e xperiência na área de Geociências, com ênfase em Climatologia Geográfica e Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: climatologia urbana, clima e saúde, eventos extremos, impactos pluviais, risco e vulnerabilidade . 

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Publicado

09-09-2024

Como Citar

Campos, C. A. C., & Zanella, M. E. (2024). Análise das modificações nas áreas industriais da zona oeste de Fortaleza por meio da temperatura de superfície entre 1985 e 2020. Revista Brasileira De Climatologia, 35(20), 315–335. https://doi.org/10.55761/abclima.v35i20.17720

Edição

Seção

Artigos