Funcionamento Diferencial do Item
Estudo de validade pela estrutura interna de uma medida de inteligência
DOI:
https://doi.org/10.30612/revpsi.v2i1.17193Palavras-chave:
Inteligência, Avaliação, Psicometria, Confiabilidade, ValidadeResumo
Este artigo objetiva apresentar estudos psicométricos com uma medida cognitiva não verbal, que tem como se propõe a investigar o raciocínio geral em adultos, a partir de uma medida de inteligência geral não-verbal. A amostra que compôs o estudo normativo foi de 1.230 pessoas, sendo 57,2% de mulheres. As idades foram de 15 a 64 anos, e escolaridades variaram do Ensino Fundamental ao Superior, coletados nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Conforme resultados, observou-se que os itens demonstraram bom poder de discriminação entre pessoas com alto e baixo desempenho. A distribuição dos itens em termos de dificuldade foi bastante equilibrada. Em análises de variância (ANOVA) e de provas post hoc de Tukey realizadas, constatou-se uma diminuição das pontuações com o avanço da idade, assim como diferenças de resultados em relação a escolaridade dos respondentes. Para estudos do Funcionamento Diferencial dos Itens (DIF) observou-se diferenças em razão do sexo. Foram observados também pouco DIF para o critério escolarização. Os coeficientes de precisão por diferentes métodos aplicados apresentaram bons níveis de confiabilidade no desempenho em tarefas relacionadas ao raciocínio inferencial, em deduzir relações entre objetos apoiado por um conjunto de suposições e informações, pensamentos, crenças e conhecimentos.
Referências
Allik, J., Must, O., & Lynn, R. (1999). Sex differences in general intelligence among high school graduates. Personality and Individual Differences, 26, 1137–1141. https://doi.org/10.1016/S0191-8869(99)00215-9
Almeida, L.S. (1988). Teorias da inteligência. Porto: Edições Jornal de Psicologia.
Almeida, L.S. e Buela-Casal, G. (1997). Evaluación de la inteligencia general. Em G. Buela- Casal e J.C. Sierra (Orgs.), Manual de evaluación psicológica: Fundamentos, técnicas y aplicaciones. Madrid: Siglo XXI de España Editores.
Alves, I. C. B. (1998). Variáveis significativas na avaliação da inteligência. Psicol. esc. educ., 2 (2), 109-114. https://doi.org/10.1590/S1413-85571998000200005
Alves, I. C. B. e Duarte, J. L. M. (1993). Padronização Brasileira da Escala de Maturidade Mental Colúmbia. Em B. B. Burgemeister, L. H. Blum, e I. Lorge. Escala de Maturidade Mental Colúmbia. Manual para Aplicação e Interpretação. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Alves, I. C. B.; Colosio, R. e Ruivo, R. 1. (1992). O Teste R-I: Um estudo das variáveis idade, sexo e escolaridade. Anais da 44ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 44, 904.
Alves, I.C.B. (2006). Novos Estudos Psicométricos do Teste D.70. Avaliação Psicológica, 5(2), 251-253. Acesso em 30 de junho de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712006000200017&lng=pt&tlng=pt.
Anastasi, A. (1977). Testes Psicológicos. São Paulo: EPU.
Anastasi, A., & Urbina, S. (2000). Testagem Psicológica. Porto Alegre: Artes Médicas.
Anunciação, L., de Almeida Portugal, A. C., Rabelo, I., Cruz, R., & Landeira-Fernandez, J. (2020). Propriedades psicométricas de instrumento de Memória Visual de Curto Prazo (MEMORE). Neuropsicologia Latinoamericana, 12(2), 44-58. ISSN 2075-9479. Acesso 13 de janeiro de 2021 de https://www.neuropsicolatina.org/index.php/Neuropsicologia_Latinoamericana/article/view/545
Colom, R., & Garcia Lopez, O. (2002). Sex differences in fluid intelligence among high school graduates. Personality and Individual Differences, 32, 445–451. https://doi.org/10.1016/S0191-8869(01)00040-X
Colom, R., Juan-Espinosa, M., Abad, F. J., & Garciápz L. F. (2000). Negligible sex differences in general intelligence. Intelligence, 28(1), 57–68.
https://doi.org/10.1016/S0160-2896(99)00035-5
Cunha, J. A. (2003). Psicodiagnóstico-V. 5a ed. rev. e ampliada. Porto Alegre: Artmed.
Cunha, S. E. (1974). A Psicometria da Inteligência e a dimensão idade. Arquivos Brasileiros de Psicologia Aplicada, 26, 3, 100-110. Recuperado de http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/abpa/article/view/17103
Deary, I.J.; Whalley, L.J.; Lemmon, H.; Crawford, J.R.; & Starr, J.M. (2000). The stability of individual differences in mental ability from childhood to old age: Follow-up of the 1932 Scottish Mental Survey. Intelligence, 28, 49-55. https://doi.org/10.1016/S0160-2896(99)00031-8
Draba, R. E. (1977). The identification and interpretation of item Bias. Chicago: The University of Chicago. Disponível em http://www.rasch.org/memo25.htm
Flynn, J. R. (2003). Movies about intelligence: the limitations of g. Current Directions in Psychology, 12, 95-99. https://doi.org/10.1111/1467-8721.01238
Flynn, J. R. (2006). O efeito Flynn: repensando a inteligência e aquilo que a afeta. Em C. Flores-Mendoz et al. (Eds.). Petrill. Introdução à Psicologia das diferenças individuais (p.387-411). Porto Alegre: ArtMed.
Hutz, C.S. (org.) (2009) Avanços e Polêmicas em Avaliação Psicológica. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Jensen, A. (1998). The g factor. London: Praeger.
Jensen, A. R. (1993). Why is reaction time correlated with psychometric g? Current Directions in Psychological Science, 2, 53-56. https://doi.org/10.1111/1467-8721.ep10770697
Kaufman, A.S. & Kaufman, N.L. (1993). Kaufman Adolescent and Adult Intelligence Test (KAIT). Circle Pines: American Guidance Service.
Lynn, R. (1994). Sex differences in intelligence and brain size: a paradox resolved. Personality and Individual Differences, 17(2), 257–271. https://doi.org/10.1016/0191-8869(94)90030-2
Matarazzo, J. (1976). Medida e Avaliação da Inteligência. São Paulo: Manole.
Neisser, U., Boodoo, G., Bouchard, T.J., Boykin, A.W., Brody, N., Ceci, S.J., Halpern, D.F., Loehlin, J.C., Prtloff, R., Stemberg, R.J. & Urbina, S. (1996). Intelligence: Knowns and unknowns. American Psychologist, 2, 77-101. https://doi.org/10.1037/0003-066X.51.2.77
Pasquali, L. (org.) (2010). Instrumentação Psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre: Artmed.
Primi, R., Muniz, M., & Nunes, C. H. S. S. (2009). Definições Contemporâneas de Validade dos Testes Psicológicos. Em C. S. Hutz (Org.), Avanços e Polêmicas em Avaliação Psicológica (pp. 243-265). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Rabelo, I.S. (2008). Matrizes progressivas avançadas de Raven e teste de raciocínio inferencial: evidências de validade. Dissertação de Mestrado. Itatiba, USF.
Rabelo, I. S. (2013). Teste Memória Visual de Trânsito - MVT: manual. Casa do Psicólogo: São Paulo.
Rabelo, I. S., Portugal, A.C.A., Cruz, R. M., & Castro, N. R.. Landeira-Fernandez, J., Anunciação, L., (2021). Matrizes de Inteligência Geral (MIG) (1a ed.). São Paulo: Editora Nila Press.
Rabelo, I.S., Anunciação, L., Cruz, R.M., & Castro, N.R. (2020). Teste de Memória de Reconhecimento - MEMORE. Manual Técnico. 1ª.ed. São Paulo: Nila Press.
Rabelo, I.S., Cruz, R.M., & Castro, N.R. (2020). Bateria Rotas de Atenção. Manual Técnico. 1ª.ed. São Paulo: Nila Press.
Rabelo, I. S., Mazariolli, A. S. (2019). Avaliação Cognitiva de Policiais Militares e Universitários em Medidas Padronizadas de Memória, Atenção e Inteligência. Meta: Avaliação. 11( 32), 468-494. http://dx.doi.org/10.22347/2175-2753v11i32.1975
Rabelo, I.S., Pacanaro, S.V., Leme, I.F.S., Ambiel, R.A.M. & Alves, G.A.S. (2011). Teste Não Verbal de Inteligência - BETA-III. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Rabelo, I.S., Portugal, A. C. A., Cruz, R.M., Castro, N.R., Landeira-Fernandez, J., & Anunciação, L. (2021). Matrizes de Inteligência Geral Não Verbal - MIG. Manual Técnico. 1ª.ed. São Paulo: Nila Press.
Raven, J. C., Court, J. H., & Raven, J. (1985). Manual for Raven's Progressive Matrices and Vocabulary Scales. Section l. General Overvie. London: H. K. Lewis & Co.
Raven, J.; Raven, J. C., & Court, J. H. (1991). Manual for Raven's Progressive Matrices and Vocabulary Seales. General Overview. Oxford: Oxford Psychologists Press.
Ribeiro, R. B., & Almeida, L. S. (2005) Tempos de reação e inteligência: a robustez dos dados face à fragilidade da sua interpretação. (pp.95-103). Aval. psicol., 4(2). Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=3350/335027498002
Sisto, F. F. (1975). El factor 'g' y el pensamiento operatorio formal (grupo INRC). Tesis Doctoral. Madrid: Universidad Complutense de Madrid.
Sisto, F. F. (2006). Teste de Raciocínio Inferencial (RIn). Manual. Vetor Editora Psicopedagógica Ltda.
Spearman, C. (1927). Las Habilidades del Hombre: su naturaleza y medición. Buenos Aires: Paidós.
Sternberg, R. J. (1982). Reasoning, problem-solving, and intelligence. Em R.J. Sternberg (Ed.) Handbook of Human Intelligence. Cambridge: Cambridge Univ. Press.
Tosi, S. M. V. D. (2008). Teste de Inteligência Geral Não-Verbal. São Paulo: Casa do Psicólogo.