Amazônia negra- no giro da saia nos caminhos de Ogum
DOI:
https://doi.org/10.30612/nty.v13i21.19625Palavras-chave:
Narrativa; encruzilhada; Amazônia; ancestralidade; dança; corporeidadeResumo
O presente artigo compartilha alguns procedimentos discutidos na pesquisa Mukuiu: uma experiência em teatro-dança negro na Amazônia, apresentada em 2023 ao Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará. Nesterecorte há o entrelaçamento de narrativas de trajetória pessoal a narrativas de uma entidade das religiões de matrizes africanas: Ogum. A ideia é retratar a presença negra na Amazônia a partir da prática de danças negras de folguedo, como o tambor de crioula, o carimbó e a capoeira, assim como retratar a presença da afro-religiosidade na capital paraense, Belém. Entendo, em consonância com o pensamento de autoras do feminismo negro, que a relevância de contarmos nossas próprias histórias reside no fato da possibilidade do particular poder representar o coletivo. Com a possibilidade interativa, no decorrer do texto seguem links de vídeos que revelam trechos da pesquisa.
Downloads
Referências
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
ALMEIDA, Wagner. S/T. In: VALLE, Camila et al. Cartografia social dos afrorreligiosos
em Belém do Pará – religiões afro-brasileiras e ameríndias da Amazônia: afirmando
identidades na diversidade. Rio de Janeiro, Brasília: Casa 8, IPHAN, 2012.
CONCEIÇÃO, Domingos. Movimento negro em Belém: ação coletiva de combate ao racismo e defesa de negras e negros. 2017. 167 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS), Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017.
DEUS, Zélia Amador de. Ananse tecendo teias na diáspora: uma narrativa de resistência e luta das herdeiras e dos herdeiros de Ananse. Belém: Secult/PA, 2019.
ESTÉS, Clarissa Pinkola. A ciranda das mulheres sábias: ser jovem enquanto velha, velha enquanto jovem. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-32832001000100016
FREITAS, Réga Mabel da S. Teatro Negro Brasileiro: a higienização de anacrônicas manchas eurocêntricas através de insurreições cênicas. In: OLIVEIRA, Érico José Souza de (org.). Artes Cênicas e Decolonialidade: Conceitos, Fundamentos Pedagogias e Práticas. São Paulo e-manucristo, 2022.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro
de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.
LIGIÉRO, Zeca. Batucar-cantar-dançar: desenho das performances africanas no Brasil. Aletria: Revista de Estudos de Literatura, Belo Horizonte, POSLIT, Faculdade de Letras da UFMG, 1999.
MACEDO, Rejane Lucia Amarante de. Roda na saia: história, costura e educação de mulheres negras professora. Revista Arte de Educar, Rio de Janeiro, 2021. DOI: https://doi.org/10.12957/riae.2021.63441
MARTINS, Leda Maria. A cena em sombras. São Paulo: Perspectiva, 1995.
MARTINS, Leda. A fina lâmina da palavra. O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira, [S.l.], v. 15, p. 55-84, dez. 2007. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.17851/2358-9787.15..55-84
http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/o_eixo_ea_roda/article/view/3262/3196. Acesso em: 14 jan. 2025.
MARTINS, Leda Maria. Performances da oralitura: corpo, lugar da memória. Letras, (26), 63-81, 2003. Disponível em: https://doi.org/10.5902/2176148511881. Acesso em: 14 jan. 2025.
MBEMBE, Achille. As formas africanas de auto-inscrição. Estudos Afro-Asiáticos, v. 23, n. 1, p. 171–209, jan. 2001. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0101-546X2001000100007. Acesso em: 14 jan. 2025. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-546X2001000100007
MENEZES, Bruno de. Batuque. In: MENEZES, Bruno de. Poesias.1. ed. Belém: edição do autor, 1931.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. De saberes e de territórios: diversidade e emancipação a partir da experiência latino-americana. In: CRUZ, Valter do Carmo; OLIVEIRA, Denílson Araújo de. (org.). Geografia e giro descolonial: experiências, ideias e horizontes de renovação do pensamento crítico. 1. ed. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2017.
PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
RUFINO, Luiz. A Ciência Encantada das Macumbas. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2018.
RUFINO, Luiz. Pedagogia das Encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2019. DOI: https://doi.org/10.24065/2237-9460.2019v9n4ID1012
SÀLÁMÍ, Sikiru. Ogum: Dor e Júbilo nos Rituais de Morte. São Paulo: Ed. Oduduwa, 1997.
SALLES, Vicente. O Negro na Formação da Sociedade Paraense. Textos Reunidos, Belém: Paka-Tatu, 2004.
SALLES, Vicente. Vocabulário Crioulo: contribuição do negro ao falar regional amazônico. Belém: IAP, Programa Raízes, 2003.
SANTOS, Boaventura de Souza. Transdisciplinaridade e Ecologia de Saberes. In: HISSA, Cássio E. Vianna (org.). Conversações de Artes e de Ciências. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.
SIMAS, Luiz Antonio. Pedrinhas Miudinhas – ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2013.
SODRÉ, Muniz. Pensar Nagô. Rio de Janeiro: Vozes, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).