A literatura negro-brasileira: uma confluência entre Bruno de Menezes e o Rap-PA
DOI:
https://doi.org/10.30612/nty.v13i21.19428Palavras-chave:
Literatura Negro-brasileira, Bruno de Menezes, RapResumo
Este estudo visa aproximar o passado e o presente, a partir das manifestações de
literaturas afro diaspóricas na Amazônia Oriental, especificamente em Belém, onde o rap do
Pará segue as trilhas abertas pelos intelectuais modernistas da Academia do Peixe Frito –
APF. Para tanto lançamos mãos de Nunes; Costa (2018) e Amador de Deus (2023) Munanga
(2019), Gonzalez (2020, 1988), Joice Berth (2019). A partir da literatura destacamos as
marcas culturais de parte das populações negras da Amazônia paraense, ainda invisibilizadas
(Monteiro, 2020). Este artigo tem o objetivo de aproximar a produção da Academia do Peixe
Frito (APF), tendo Bruno de Menezes como representante, e o Rap-PA, representado por
Shaira Mana Josy e Moraes MV. Demonstra-se que a produção literária dos três escritores
auxilia no combate ao racismo, através da Literatura negro-brasileira (Cuti, 2010). Propõe-se
uma conexão entre essas duas manifestações de tempos distintos. Enfatiza-se que os três
poetas emanam um discurso reivindicador da identidade negra através da exaltação da
negritude, através da afetividade e da valorizaçsuas literaturas se transformam em
instrumento de combate à ideologia da branquitude e às estratégias racistas da sociedade
norte-brasileira.
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