Memórias e Práticas (Sociais) de Resistências
DOI:
https://doi.org/10.30612/nty.v10i16.16754Palabras clave:
memórias, práticas sociais, resistênciasResumen
Nosso dossiê, cuja chamada esteve aberta ao público de março a setembro de 2022, objetivou suscitar reflexões sobre necropolítica, biopolítica e demais ferramentas conceituais voltadas à compreensão do Estado e suas engrenagens de moer gente, como aquelas que mortificam re-existências, especialmente da cartografia política localizada no sul/subsolo: “corpos-territórios” negros, travestis, indígenas, quilombolas, afeminados, sapatões, favelados, bichas, trabalhadores, refugiados, (d)entre tantxs outrxs. Se tais corpos são alvos certeiros de balas/bombas, canetadas/sentenças, decretos, bisturis e falos, ao mesmo tempo são corpos que se rebelam em “aliança” (Butler, 2018) contra o neoliberalismo que abjetifica e aprofunda a precarização de vidas que (des)importam ao Estado e seus tentáculos.
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