Memórias e Práticas (Sociais) de Resistências
DOI:
https://doi.org/10.30612/nty.v10i16.16754Keywords:
memórias, práticas sociais, resistênciasAbstract
Nosso dossiê, cuja chamada esteve aberta ao público de março a setembro de 2022, objetivou suscitar reflexões sobre necropolítica, biopolítica e demais ferramentas conceituais voltadas à compreensão do Estado e suas engrenagens de moer gente, como aquelas que mortificam re-existências, especialmente da cartografia política localizada no sul/subsolo: “corpos-territórios” negros, travestis, indígenas, quilombolas, afeminados, sapatões, favelados, bichas, trabalhadores, refugiados, (d)entre tantxs outrxs. Se tais corpos são alvos certeiros de balas/bombas, canetadas/sentenças, decretos, bisturis e falos, ao mesmo tempo são corpos que se rebelam em “aliança” (Butler, 2018) contra o neoliberalismo que abjetifica e aprofunda a precarização de vidas que (des)importam ao Estado e seus tentáculos.
Downloads
References
ALMEIDA, Sílvio Luiz de. 2021. Racismo Estrutural. São Paulo, Sueli Carneiro; Editora Jandaíra.
AMADO, Luiz Henrique Eloy. 2019. Vukápanavo o despertar do Povo Terena para os seus Direitos: Movimento Indígena e Confronto Político. Tese de Doutorado em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
ANMIGA. 2022. Manifesto das Indígenas Mulheres [...]. In: https://anmiga.org/manifesto-contra-a-violencia-de-genero-racismo-contra-a-mulher-indigena-e-da-intolerancia-religiosa-e-contra-a-inconstitucionalidade-da-proposta-de-lei-n191-2020/ (acessado em 21 de março de 2022).
BECKER, Simone. 2022. “(Na) mira (d)os processos: entre afetos e (regimes de) verdades” In: DIEHL, Eliana Elisabeth et al. Antropologias do contemporâneo: uma homenagem a Sônia Weidner Maluf. 1a ed. Florianópolis, Editora da UFSC. p. 91-121.
BENTO, Berenice. 2018. “Necrobiopoder: Quem pode habitar o Estado-nação?”. cadernos pagu, Campinas, (53): e185305. In: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332018000200405&lng=pt&nrm=iso>. (acessado em 21 dezembro de 2018).
BROWN, Wendy. 2019. Nas ruínas do neoliberalismo: a ascensão da política antidemocrática no ocidente. São Paulo, Politeia.
BUTLER, Judith. PRINS, Baukje; MEIJER, Irene Costere. 2002. “Como os corpos se tornam matéria: entrevista com Judith Butler”. Revista de Estudos Feministas, Florianópolis, 10(1): 155-167.
BUTLER, Judith. 2003. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
BUTLER, Judith. 2015. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? 1ª ed. Tradução de Sérgio Tadeu de Niemeyer Lamarão e Arnaldo Marques da Cunha; revisão de tradução de Marina Vargas; revisão técnica Carla Rodrigues. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.
BUTLER, Judith. 2018. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Tradução de Fernanda Siqueira Miguens; revisão técnica Carla Rodrigues. 1ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
CABNAL, Lorena. 2010. Acercamientos a la contrucción de la propuesta de Comunitári epistemológico de mujeres indígenas feministas Comunitárias de Abya-Yala. Feminismos diversos: el feminismo comunitario. ACSUR, p. 11- 25. In: https://elizabethruano.com/wp-content/uploads/2019/07/Cabnal-2010-Propuesta-de-Pensamiento-Epistemico-Mujeres-Indigenas.pdf. (acessado em 29 de janeiro de 2023).
CARIAGA, Diógenes Egídio. 2017. “Documento de índio, documento de branco. (...)”.In: Organizadora: Arlene M. Ricoldi. Cidadania no campo: políticas de acesso à documentação da trabalhadora rural. São Paulo: FCC, pp.217-235.
CARNEIRO, Sueli. 2005. A construção do outro como não-ser como fundamento do Ser. Tese de Doutorado em Educação, Universidade de São Paulo.
CAVA, Peter. 2022. “Cisgênero e Cissexual”. Revista Ñanduty (PPGAnt/UFGD), Dourados, 10(16): 153-159. Tradução de Patrick de Almeida Trindade Braga; revisão de Vinícius Zanoli e Rubens Mascarenhas Neto.
CRESPE, Aline Castilho. 2015. Mobilidade e Temporalidade Kaiowá: do Tekoha à reserva, do Tekoharã ao Tekoha. Tese de Doutorado em História, Universidade Federal da Grande Dourados.
CUSICANQUI, Silvia Rivera. 2015. Sociologia de la imagen: ensayos. 1ª ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Tinta Limón.
CUSICANQUI, Silvia Rivera. 2021. Mulheres e estruturas de poder nos Andes. 1ª ed. Tradução de Leon Carriconde. Brasília, Editora O Lampião.
EVARISTO, Conceição. Escrevivência. In: CONCEIÇÃO EVARISTO | Escrevivência - YouTube (acessado em 21 de dezembro de 2020).
FASSIN, Didier. 1999. “El hombre sin derechos: Una figura antropolítica de la globalización”. Maguaré, Bogotá, (14):179-190.
FOUCAULT, Michel. 1982. Herculine Barbin: o diário de um hermafrodita. Rio de Janeiro: Francisco Alvez.
FOUCAULT, Michel. 2010. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-76). 2ª ed. Tradução de Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão. São Paulo, Martins Fontes.
GONZALEZ, Lélia. 1983. “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. Revista Ciências Sociais Hoje - Anuário de Antropologia, São Paulo:223-244. In: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4130749/mod_resource/content/1/Gonzalez.Lelia%281983-original%29.Racismo%20e%20sexismo%20na%20cultura%20brasileira_1983.pdf>. (acessado em 20 julho de 2020).
JOHNSON, Felipe Mattos. 2019. Pyahu Kuera: uma etnografia da resistência jovem Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul. Dissertação de Mestrado em Antropologia, Universidade Federal da Grande Dourados.
KUÑANGUE ATY GUASU. 2020. Corpos silenciados, vozes presentes: a violência no olhar das mulheres Kaiowá e Guarani. In: https://01c45c19-f10c-4c88-a4b9-7b1e649dfa97.filesusr.com/ugd/c27371_446abbaa36e7462d9c63e81085461604.pdf (acessado em 22 de março de 2021).
LENHARO, Alcir. 1986. “A terra para quem nela não trabalha (a especulação com a terra no oeste brasileiro nos anos 50)”. Revista Brasileira de História, São Paulo, 6(12):47-64. In: https://www.anpuh.org/arquivo/download?ID_ARQUIVO=3626. (acessado em 20 de março de 2022).
MBEMBE, Achille. 2016. “Necropolítica”. Arte & Ensaios - Revista do PPGAV/EBA/UFRJ, Rio de Janeiro, (32):122-151. In: https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/8993. (acessado em 12 outubro de 2021).
MENDES, Magali; TEGA, Danielle; BECKER, Simone. 2022. “Por um feminismo popular: entrevista com Magali Mendes”. Revista Ñanduty (PPGAnt/UFGD), Dourados (10)16: 11-39.
ÑANDUTY. 2023. Arquivos da Revista Ñanduty do PPGAnt/UFGD. In: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/nanduty/issue/archive (acessado em 18 de janeiro de 2023).
NIETZSCHE, Friedrich. 2009. Genealogia da moral: uma polêmica. Tradução, notas e posfácio de Paulo Cézar de Souza. São Paulo, Companhia das Letras.
NOVAIS, Adriana. 2022. “Ditadura e violações aos direitos humanos dos Povos do Campo: um ensaio sobre o caso brasileiro”. Revista Ñanduty (PPGAnt/UFGD), Dourados, (10)16: 85 - 94.
PEREIRA, Lucia. 2020. As políticas públicas para a saúde indígena e a política de saúde das mulheres kaiowá da reserva de Amambai, MS: aproximações e impasses. Dissertação de Mestrado em Antropologia, Universidade Federal da Grande Dourados.
SEGATO, Rita Laura. 2016. “Las nuevas formas de la guerra y el cuerpo de las mujeres”. Sociedade e Estado, Brasília, (2)29:341-371. In: https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/5889. (acessado em 20 de novembro de 2021).
SILVESTRE, Célia Maria Foster; ROSSATO, Veronice Lovato e CRESPE, Aline Castilho. 2022. “Esses que (não) são os outros: a presença kaiowá e guarani em Amambai, MS”. Revista Ñanduty (PPGAnt/UFGD), Dourados, (10)16: 65-84.
TURIBO, Fabio; JOHNSON, Felipe Mattos. 2022. “Oguatá pytã: sentipensares poéticos em movimento” Revista Ñanduty (PPGAnt/UFGD), (10)16:40-64.
VASCONCELOS, Caê. 2023. Pelo 14ª ano, Brasil é país que mais mata pessoas trans. In: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2023/01/26/mortes-pessoas-trans-brasil-2022.htm (acessado em 27 de janeiro de 2023).
VENTURA, Deisy; PERRONE-MOISÉS, Cláudia; MARTIN-CHENUT, Kathia. “Pandemia e crimes contra a humanidade: o ‘caráter desumano’ da gestão da catástrofe sanitária no Brasil”. Rev. Direito e Práx., Rio de Janeiro, (12)3:2206-2257. In: https://www.scielo.br/j/rdp/a/7WGyphhcLskRqBCwBNTt9sn/?format=pdf. (acessado em 29 de janeiro de 2023.
VERGÈS, Françoise. 2020. Um feminismo decolonial. Tradução de Jamille Pinheiro Dias e Raquel Camargo. São Paulo, UBU.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Revista Ñanduty
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).