O governo dos inimigos públicos: os primeiros condenados pela ‘‘lei brasileira antiterrorismo’’ (lei 13.260/2016)
DOI:
https://doi.org/10.30612/nty.v7i10.10299Keywords:
Afecção. Efeitos políticos. Governamentalidade. Terrorismo.Abstract
Trata-se de refletir a respeito do contexto de emergência no horizonte estatal da categoria ‘‘terrorismo’’ na legislação brasileira bem como da maneira como esta categoria foi operacionalizada na decisão judicial que terminou por punir os acusados de planejar um ‘‘atentado terrorista’’ durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Tomando tais fatos como fios-condutores, o texto interroga algumas vertentes da analítica do biopoder a respeito do rendimento de autores como Deleuze, Agamben, Foucault, Rose e Rabinow de modo a dimensionar o fenômeno em questão. Por fim, reifica-se a importância à atenção à afecção pública como uma questão etnográfica e teórica, dada a indissociabilidade entre as representações atinentes a determinadas populações e as práticas de governo que se exercem sobre estas.
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