v. 6 n. 8 (2018): Reflexões a partir do “pós Golpe de 2016”: possibilidades de devires resistentes nos diálogos (in)diretos com a Antropologia
OrganizadorXs:
Simone Becker (UFGD/MS-CNPq)
Flavio Braune Wiik (UEL/PR)
Maria Eduarda Parizan Checa (PUC/SP)
A proposta do dossiê é a de visibilizarmos escritos que nos desassosseguem com reflexões disparadas pelo contexto brasileiro “do pós-golpe de 2016”, de e em diferentes espectros minoritários. Perspectivas minoritárias ou "devires-minorias", cujas resistências e re-existências se fazem potencializadas e potencializadoras com o “impeachment”. Se as identidades rimam com a essência estática das entidades, os devires rimam com as perspectivas dinâmicas das multiplicidades, tal como nos ins-pira(m) o duo (Gilles) Deleuze e (Félix) Guattari. Quando em cena se disseminam os “pânicos morais” que se travestem de projetos conservadores como os da “Escola sem Partido”, da PEC 181/2015, do Estatuto da Família, das reformas trabalhista e previdenciária, do sucateamento do ensino público superior gratuito, da liminar que reacende o discurso da Cura Gay, para além de todos os que dão seguimento às dizimações contra pessoas negras, quilombolas e indígenas, o que nos cabe (também) a partir do discurso acadêmico é cada vez mais desconfiarmos do que nos cerca, nos enreda e nos captura. Eis o convite que estendemos a todxs xs que puderem e desejarem conosco compor.