Virada estética e política externa: uma leitura machadiana da identidade internacional do Brasil
a Machadian reading of Brazil’s international identity
DOI:
https://doi.org/10.30612/rmufgd.v11i22.15070Palavras-chave:
virada estética – política externa brasileira – literatura brasileiraResumo
Neste artigo, buscamos submeter a política externa brasileira à investigação crítica por meio da virada estética em relações internacionais. Contestamos o entendimento historiográfico tradicional acerca da identidade internacional do Brasil. Por um lado, a narrativa conta que houve uma bem-sucedida atuação na Segunda Conferência de Paz da Haia em 1907, durante a qual o país defendeu o princípio da igualdade jurídica dos Estados. Por outro, diz que sua busca por status de potência terminou em fiasco quando o Brasil se retirou da Liga das Nações em 1926. Em lugar disso, almejamos aplicar a literatura machadiana como recurso estético a fim de desestabilizar tal interpretação e pensar a identidade internacional do país com consciência irônica. Através da alegoria de Brás Cubas, afirmamos que sua identidade não resolvida resulta em sua frustrada busca por reconhecimento internacional.
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