Relaciones militares entre Estados Unidos y Brasil y dependencia estratégica (2016-2022)

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DOI:

https://doi.org/10.30612/rmufgd.v12i23.16403

Palabras clave:

dependencia estratégica, fuerzas armadas, Brasil-Estados Unidos.

Resumen

Este artículo analiza la manifestación de la dependencia brasileña en un área específica, la estratégica, y frente a un actor, los Estados Unidos (EEUU). En diálogo con la teoría marxista de la dependencia, la discusión predominante en el campo –que trata de la compra de equipos– fue expandida con la proposición
de cinco dimensiones por medio de las cuales se perpetúa y amplía la dependencia: encuentros bilaterales; acuerdos internacionales; ejercicios militares conjuntos; internado y acuerdos de escuelas militares; y contratación a través de las oficinas de Washington. La metodología elegida combina la revisión de literatura especializada, noticias publicadas por sitios institucionales y el análisis cuantitativo y cualitativo de datos sobre el período de 2016 a 2022, como documentos oficiales del Ejecutivo y Legislativo de Brasil, algunos de ellos accedidos a través de la Ley de Acceso a la Información. Se identificó una creciente alineación militar entre Brasil y EEUU desde 2016, que se desarrolla de manera altamente institucionalizada, como en el acuerdo sobre la Base de Alcântara y en la asociación ESG-Perry Center. De esta forma, el texto contribuye a la literatura sobre la dependencia estratégica, al señalar diferentes formas en que ésta ocurre; y para la literatura sobre las relaciones militares Brasil-Estados Unidos, mediante la sistematización de datos inéditos.

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Publicado

2023-12-12

Cómo citar

Penido, A. A., Milani, L. P., & Wietchikoski, L. (2023). Relaciones militares entre Estados Unidos y Brasil y dependencia estratégica (2016-2022). Monções: Revista De Relações Internacionais Da UFGD, 12(23), 134–170. https://doi.org/10.30612/rmufgd.v12i23.16403