A fronteira como recurso social: migração de retorno de brasileiros do Paraguai em busca da saúde pública
DOI:
https://doi.org/10.30612/rmufgd.v13i25.17141Palavras-chave:
Fronteira; Migração de Retorno; SaúdeResumo
Este artigo analisou a migração de retorno de brasileiros do Paraguai motivada pela busca por serviços públicos ligados, principalmente, a saúde, no arco Sul da fronteira. Trata-se de um estudo de história oral, tendo por base entrevistas semiestruturadas, realizadas em pesquisa de campo que aconteceram entre 2019 a 2023, em municípios fronteiriços brasileiros, como São Miguel do Iguaçu, Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu, no estado do Paraná, que partiram do Departamento paraguaio fronteiriço de Alto Paraná. Destes apenas um entrevistado mora no distrito paraguaio de Santa Rita. Em um primeiro momento discutiremos os conceitos de fronteira, migração e cidadania. Em um segundo momento, analisaremos os relatos de nossos entrevistados referentes à motivação para a retorno ao país de origem. Esse estudo permite afirmar que para estes imigrantes, no contexto de seus retornos com pouco ou nenhum recurso financeiro a fronteira se apresenta como um recurso social pela gratuidade do SUS, qualidade, confiança, proximidade com o Paraguai e pela língua portuguesa. Somando-se a isso a cidadania brasileira, que permite a elaboração de documentos ajuda nesse acesso a saúde pública. Além disso, a presença de redes familiares tornou-se um elemento facilitador da migração, tanto transfronteiriça como transnacional.
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