Diálogos intersemióticos: pintura, dança e audiodescrição voltados ao atendimento do público surdocego

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DOI:

https://doi.org/10.30612/eduf.v10i28.13029

Palavras-chave:

Pintura. Dança. Audiodescrição

Resumo

A Moça de Di é uma performance de dança mediada com audiodescrição. Ela faz parte de uma parceria com a exposição “Sentir prá Ver”. O convite veio através da professora e curadora Amanda Tojal. Foi selecionada a pintura Sem título, de Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, 1897-1976), que faz parte de uma das 14 reproduções fotográficas de obras pertencentes à Pinacoteca do Estado de São Paulo. Essa exposição inclui recursos de acessibilidade, entre eles, a audiodescrição mediadora das pinturas,  estimulando a exploração e interpretação das obras selecionadas. A performance representando a pintura será mais uma forma de traduzir uma obra de arte por meio da experiência concreta, corporeificando a palavra para o público. Convidamos para essa apresentação uma instituição que atende surdocegos e pessoas com múltiplas deficiências sensoriais da cidade de São Paulo. Foram selecionadas duas surdocegas adultas para participar da pesquisa. Com base nos dados coletados por meio de fotografia e vídeo, foi realizado um estudo de caso. Para a análise dos dados utilizou-se as ferramentas de audiodescrição de dança relatadas por Snyder, fundamentadas no Laban Movement Analysis. Pretendemos demonstrar  como a  audiodescrição da dança e a vivência da corporeificação da obra pelo surdocego irá somar à compreensão da pintura, colaborando para a fruição da arte.

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Publicado

2020-11-22

Como Citar

FORCHETTI, D. Diálogos intersemióticos: pintura, dança e audiodescrição voltados ao atendimento do público surdocego. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 10, n. 28, p. 126–137, 2020. DOI: 10.30612/eduf.v10i28.13029. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/educacao/article/view/13029. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê “Audiodescrição, Educação e Inclusão”