MATERIAIS DIDÁTICOS PARA ALFABETIZAÇÃO NAS ESCOLAS INDÍGENAS DE DOURADOS-MS

Autores

Palavras-chave:

Materiais didáticos, Educação Escolar Indígena, Literatura

Resumo

A pesquisa tem como objetivo geral investigar os materiais didáticos voltados para o uso na etapa da alfabetização de crianças em escolas municipais indígenas na cidade de Dourados, estado de Mato Grosso do Sul. O estudo fundamenta-se teoricamente nas perspectivas decoloniais a partir de discussões do Grupo Modernidade/Colonialidade e utiliza a pesquisa bibliográfica e documental como procedimentos técnicos da abordagem qualitativa e quanti-qualitativa. Quanto aos resultados, o levantamento apontou para um pequeno número de materiais didáticos diferenciados para alfabetização nas escolas indígenas de Dourados, e identificou que o livro didático adotado pelas escolas indígenas se caracteriza como um material padronizado, contextualizado com a fauna e flora do MS, sem aprofundamentos sobre os diferentes povos ou grupos étnicos habitantes no estado, o que invisibiliza os povos originários.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rafaela Bayerl de Lima, UFGD

Mestrado em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação - Universidade Federal da Grande Dourados. Foi bolsista Capes. Email: rafa.bl98@hotmail.com.

Marta Coelho Castro Troquez, UFGD

Professora na Faculdade de Educação - Universidade Federal da Grande Dourados. Projeto financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Email: martatroquez@ufgd.edu.br.

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília-DF, 5 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em: 25 jun. 2022.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília-DF, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 25 jun. 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular para Professores Indígenas. Brasília - DF: MEC, 2002.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Parecer CNE/CEB Nº: 13/2012. Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena. Brasília-DF, 2012.

BRASIL. MEC/SECADI. Portaria nº. 98, de 6 de dezembro de 2013. Brasília, DOU de 09/12/2013, nº 238, Seção 1, pág. 28.

CELLARD, A. A análise documental. IN: POUPART, Jean. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Tradução: Ana Cristina Nasser. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 2014.

CHAMORRO, Graciela; COMBÈS, Isabelle (orgs.). Povos indígenas em Mato Grosso do Sul: história, cultura e transformações sociais. Dourados: Editora da UFGD, 2015.

D’ANGELIS, W. da R. Línguas indígenas no Brasil: urgência de ações para que sobrevivam. In: BOMFIM, A. B.; COSTA, F. V. F. da (ed.). Revitalização de língua indígena e educação escolar indígena inclusiva. Salvador, Brasil: EGBA, 2014. p. 93-118

IBGE. Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística. Censo Demográfico 2022. Censo Demográfico 2022 Indígenas Primeiros resultados do universo. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv102018.pdf. Acesso em: 14 ago 2023.

MACHADO, A. M. Terena, Guarani, Kaiowá e Guateka: Convivência entre Nós e os Outros. In: MOTA, Juliana Grasiéli Bueno; CAVALCANTE, Thiago Leandro Vieira. (org.). Reserva Indígena de Dourados: histórias e desafios contemporâneos. 1. ed. São Leopoldo: Editora Karywa, 2019, v. 01, p. 77-94.

MALDONADO-TORRES, N. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNARDINO-COSTA, J; MALDONADO-TORRES, N; GROSFOGUEL, R. (org.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. p. 27-54, Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2018.

MANCINI, A. P. G.; TROQUEZ, Marta Coelho Castro. Desconstruindo estereótipos: apontamentos em prol de uma prática educativa comprometida eticamente com a temática indígena. Revista Tellus, Campo Grande, MS, ano 9, n. 16, p.181-208, jan./jun. 2009.

MATO GROSSO DO SUL. Secretaria de Estado da Educação. Governo de Mato Grosso do Sul. Em decisão unânime, ALMS aprova Projeto de Lei que cria Programa MS Alfabetiza, 2021. Disponível em: https://www.sed.ms.gov.br/em-decisao-unanime-almsaprova-projeto-de-lei-que-trata-do-programa-ms-alfabetiza/. Acesso em: 05 ago 2023.

MIGNOLO, W. La idea de América Latina: la herida colonial y la opción decolonial. Barcelona: Gedisa Editorial, 2007.

QUIJANO, A. Colonialidad y Modernidad/Racionalidad. Perú Indígena. 13(29): 11-20, 1992.

RODRIGUES, A. Línguas Indígenas: 500 anos de descobertas e perdas. Revista D.E.L.T.A., 1993, v. 9, n. 1. 1993.

SILVA, Thaise da. Os “Novos” Discursos sobre Alfabetização em Análise: os livros de 1º ano do ensino fundamental de nove anos do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD 2010). 2012. 282 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.

TROQUEZ, Marta Coelho Castro. Professores índios e transformações socioculturais em um cenário multiétnico: a Reserva Indígena de Dourados (1960-2005). Dourados: Editora da UFGD, 2015.

VILARIM, P. R.; RODRIGUES, S. P; MARTINS, D. Material didático como ferramenta na transmissão do conhecimento tradicional para os professores Terena. InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - UFMS, v. 28, n. 55, p. 194-203, 2022.

Downloads

Publicado

2025-09-07

Como Citar

Lima, R. B. de, & Troquez, M. C. C. (2025). MATERIAIS DIDÁTICOS PARA ALFABETIZAÇÃO NAS ESCOLAS INDÍGENAS DE DOURADOS-MS. Horizontes - Revista De Educação, 12(20), p.199–219. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/horizontes/article/view/20627

Edição

Seção

ARTIGOS