A Revista Bem-Te-Vi e a educação para os indígenas na reserva de Dourados/MT na primeira metade do século XX
DOI:
https://doi.org/10.30612/hre.v9i16.13104Palabras clave:
História da educação. Ensino para os indígenas. Revista Bem-te-vi. Positivismo.Resumen
O projeto de civilização e educação desenvolvido pelos missionários protestantes na primeira metade do século XX para as etnias, Kaiowá, Guarani e Terena da Reserva Indígena de Dourados (RID), região Sul de Mato Grosso (MT), contou com a circulação da revista metodista Bem-te-vi, a partir de 1922. Assim, o artigo analisa a educação ministrada aos indígenas nesse período com base nos conteúdos abordados na Revista, buscando relacionar o projeto de educação à teoria positivista. Para compor as análises realizadas neste texto, foi preciso recorrer a documentos do Posto Indígena Francisco Horta, disponíveis nos arquivos do Museu do Índio do Rio de Janeiro, ao jornal protestante O Estandarte, disponibilizado para consulta online e a revista Bem-te-vi. Os resultados apontaram que a imprensa evangélica contribuiu com o projeto de educação, evangelização e “civilização” direcionado aos indígenas, por meio de conteúdos. Assim, podemos constatar que essa imprensa priorizava a formação de sujeitos cristãos e civilizados, alcançando desse modo, o estado de desenvolvimento.
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