Educação especial na educação superior: podemos falar em democratização do acesso?
DOI:
https://doi.org/10.30612/eduf.v8i23.9449Palavras-chave:
Educação Superior. Educação Especial. Microdados.Resumo
Compreendendo-se a importância que os indicadores e microdados censitários da Educação Superior representam para a avaliação processual e possíveis direcionamentos políticos e práticos, o objetivo do presente estudo foi o de reunir, sistematizar e analisar alguns indicadores, em escala nacional, referentes aos estudantes que compõem o público-alvo da Educação Especial nas Instituições da Educação Superior brasileiras. Trata-se de um estudo documental com análise estatística descritiva, que considerou os indicadores “Dependência Administrativa”, “Tipo de Curso”, “Sexo” e “Critério de elegibilidade para compor o PAEE” cruzados com o número de matrículas nas Unidades Administrativas desse nível de ensino. Após tratamento e análise dos dados, as primeiras aproximações nos trazem as seguintes indagações: o que justifica as discrepâncias entre as sinopses e os microdados do Censo da Educação Superior? Existe uma indução dos dados sobre a democratização do acesso, em detrimento da disponibilização de recursos públicos e privados? Como possíveis correlações entre os microdados poderão contribuir para a condução de políticas e práticas da Educação Superior? Espera-se que o presente artigo contribua com ulteriores estudos correlacionais para fomentar a integração de atividades de planejamento estratégico e avaliação institucional das Instituições da Educação Superior brasileiras.
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