A articulação das políticas de educação e de saúde na voz de egressos: análise da formação de enfermeiros, em Dourados-MS.

Autores

  • Marcia Maria Ribera Lopes

Palavras-chave:

Política de educação, Política de saúde, Formação do enfermeiro, Diretrizes curriculares nacionais para o curso de enfermagem, Egressos.

Resumo

O objetivo geral deste trabalho é analisar a relação entre as políticas de educação e de saúde na formação do enfermeiro, em Dourados-MS, a partir da avaliação dos alunos egressos. Para a compreensão dessa questão buscaram-se as respostas junto aos egressos do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, formados em dois modelos distintos de matriz curricular, o de 1998 e o de 2004, cada qual elaborado a partir da legislação curricular específica da época. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que procedeu à revisão bibliográfica e de grupo focal. Sob uma perspectiva neoinstitucionalista, os egressos são atores importantes no cenário político como articuladores de políticas públicas educacionais em nível micro, referente às políticas internas das instituições de ensino superior públicas, e em nível macro, pois constituem uma categoria profissional inserida no mundo do trabalho. Os resultados demonstram que o curso de Enfermagem em questão, buscou adequar-se às orientações curriculares para a graduação em Enfermagem. Para os egressos, a matriz curricular atual destaca-se pela proposta de integralidade e pelos estágios supervisionados. No entanto, os egressos apontaram dificuldades em relação às questões pedagógicas inovadoras propostas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Enfermagem, demonstrando a necessidade de contínuo debate a respeito, tanto para discentes como para docentes e instituições parceiras da Universidade. Os depoimentos dos egressos, em sua maioria, demonstraram o desconhecimento que eles possuem acerca da confluência das políticas de educação e de saúde no seu processo de formação, mesmo com sua posterior inserção no mundo do trabalho. Acredita-se que as ações de saúde coletiva, tendo em vista os ideais da Constituição Federal de 1988, no sentido de estender as políticas públicas sociais, a um maior número de brasileiros, com qualidade, e que encontraram repercussão no SUS, são as bases para a formação do enfermeiro.

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Publicado

2011-12-10

Como Citar

LOPES, Marcia Maria Ribera. A articulação das políticas de educação e de saúde na voz de egressos: análise da formação de enfermeiros, em Dourados-MS. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 1, n. 1, p. p.140, 2011. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/educacao/article/view/1440. Acesso em: 25 dez. 2024.

Edição

Seção

Teses e Dissertações