A resistência dos movimentos socioambientais femininos como alternativa de sustentabilidade
DOI:
https://doi.org/10.30612/videre.v15i32.16848Palavras-chave:
Ecofeminismo, Desenvolvimento sustentável, Interseccionalidade, Movimentos sociaisResumo
O artigo busca analisar como o sistema capitalista neoliberal e focado no consumo influencia nas relações e dinâmicas de poder, como a opressão de gênero. O objetivo se fundamenta principalmente em entender em que medida movimentos ambientais de mulheres, como o Trabalho Permacultura Mulher e o Movimento de Mulheres Campesinas, efetivam direitos humanos através de uma proposta de consumo sustentável e ao mesmo tempo atualizam a própria noção de desenvolvimento sustentável, com maior enfoque de gênero e questionando as predisposições neoliberais. Neste sentido, buscou-se identificar conceitos acerca do feminismo interseccional, que proporciona uma ótica ampla em relação à múltiplas discriminações, e os principais desafios enfrentados pelas mulheres na seara específica de trabalhadoras rurais, mudanças climáticas e modos alternativos de sustentabilidade. Assim, em um primeiro momento, parte-se da revisão bibliográfica, tendo como marco teórico os estudos de Nancy Fraser, David Holmgren e Bill Molisson para versar sobre um feminismo que busque reconhecimento de sua diversidade, além da articulação da permacultura com o protagonismo feminino. Além disso, com uma análise qualitativa de movimentos sociais e questões atuais, busca-se uma análise crítica frente às crises econômicas, sociais e ecológicas. É possível perceber que, por mais que sejam um grupo vulnerabilizado, por meio de uma percepção dialógica do tema, é possível que um feminismo com vistas à interseccionalidade possa apresentar respostas criativas a problemas urgentes e atuais.
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