A tributação 4.0 e a sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/videre.v14i31.15557

Palavras-chave:

Revolução 4.0, Seguridade social, Tributação 4.0, Estado de bem-estar social

Resumo

O sistema tributário do Estado é sua base de fonte de custeio. Esse sistema, modernamente, precisa atender não só as despesas regulares do Estado, mas sustentar políticas públicas que visam o bem-estar e qualidade de vida da população. Dentro desses aspectos, esse sistema deve custear de maneira satisfatória o sistema previdenciário social. Entrementes, a modernidade, plasmada na globalização e virtualização, trouxe a revolução 4.0 na indústria e no comércio, o que tem impactado o tradicional sistema tributário, que consegue acompanhar essa evolução. Seguindo essa linha, em revisão bibliográfica e da legislação, observando a metódica exploratória descritiva, esta pesquisa objetiva analisar a tributação 4.0 e a contribuição previdenciária das empresas sobre a folha de salário, principalmente na sua desoneração. Pretende demonstrar a necessidade de uma reforma tributária, dentro do campo da tributação 4.0, para auxiliar na manutenção do custeio do sistema previdenciário, sem onerar ou sobrecarregar demais as empresas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gilberto Ferreira Marchetti Filho, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Doutorando em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie - UPM. Mestre em Processo Civil e Cidadania pela Universidade Paranaense - UNIPAR em 2018.

               

Juliana de Oliveira Xavier Ribeiro, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP

Doutoranda em direito previdenciário pela PUC/SP. Doutoranda em ciências jurídicas na universidade autônoma de Lisboa. Coordenadora do INFOC.

Carolina Alves Corrêa Láua, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP

Mestranda em Direito Previdenciário pela PUC/SP. Especialista em Advocacia Previdenciária pela Faculdade Unità. Especialista em Direito Previdenciário pela Faculdade Legale. Advogada.

Referências

ABINEE - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica. Proposta para a Inserção do Brasil na 4ª Revolução Industrial. São Paulo, jun. 2018. Disponível em: http://www.ipdeletron.org.br/wwwroot/pdf-publicacoes/56/Proposta_Abinee___Insercao_do_Brasil_4_Rev_Ind.pdf. Acesso em: 20 jan. 2022.

AMORIM, J. E. A “indústria 4.0” e a sustentabilidade do modelo de financiamento do Regime geral de segurança social. Caderno de Direito Actual, n. 5, volume extraordinário. Porto: Universidade do Porto, 2017.

ARRETCHE, M. T. S. Emergência e desenvolvimento do Welfare State: Teorias explicativas. In: DELGADO, M. G.; PORTO, L. V. Welfare State: os grandes desafios do estado do bem-estar. São Paulo: LTr, 2019.

BECK, U. A reinvenção da política: rumo a uma teoria da modernização reflexiva. In: BECK, U.; GIDDENS, A.; LASH, S. Modernização reflexiva. São Paulo: Unesp, 1997.

BOUVIER, M. Introduction au droit fiscal général et à la théorie de l’impôt. 10. ed. Paris: LGDJ, 2010.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça Recurso Especial n. 1.230.957/RS. Relator Ministro Mauro Campbell Marques, 26 fev. 2014. Diário da Justiça [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 18 mar. 2014.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário n. 576.967. Relator Ministro Luiz Roberto Barroso, 5 ago. 2020. Diário da Justiça [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 21 out. 2020.

CARDOSO, D. F. Capital e trabalho no Brasil no século XXI. O impacto de transferência e de tributação sobre desigualdade, consumo e estrutura produtiva. Tese (Doutorado em Economia). 2016. 270 fls. Belo Horizonte, UFMG, 2016. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FACE-ADBJPP/1/tese_deborafreirecardoso.pdf. Acesso em: 17 jan. 2022.

CORREIA NETO, C. de B.; AFONSO, J. R. R.; FUCK, L. F. A Tributação na Era Digital e os Desafios do Sistema Tributário no Brasil. Revista Brasileira de Direito, Passo Fundo, v. 15, n. 1, p. 145-167, jan.-abr./2019. doi: https://doi.org/10.18256/2238-0604.2019.v15i1.3356.

GALBRAITH, J. K. O Pensamento Econômico em Perspectiva: uma história crítica. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1989.

GIDDENS, A. Mundo em descontrole: o que a globalização está fazendo de nós. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

HARVEY, D. O enigma do capital: e as crises do capitalismo. São Paulo: Boitempo, 2011.

LEADBEATER, C. The rise of the social entrepreneur. Londres: Demos, 1997.

OHMAE, K. O fim do estado nação: a ascensão das economias regionais. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

PIKETTY, T. O Capital no Século XXI. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.

REZENDE, F. A revolução digital e a reforma tributária. In: AFONSO, J. R. R.; SANTANA, H. L. (coord.). Tributação 4.0. São Paulo: Almedina, 2020.

SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Fundo de cultura, 1961.

SELLTIZ; JAHODA; DEUTSCH; COOK. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: USP, 1974.

SOUZA, J. Oportunidades fiscais e tributárias na Indústria 4.0, 20 jul. 2018. Disponível em: https://cio.com.br/tendencias/oportunidades-fiscais-e-tributarias-na-industria-40/. Acesso em: 20 jan. 2022.

STEWART, M. New Research on Tax Law and Political Institutions. Law in Context, v. 24, n. 2, 2006. U of Melbourne Legal Studies Research Paper, n. 219. p. 1-9, p. 1. Disponível em: https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=978709. Acesso em: 13 jan. 2022.

TANZI, V. A taxação do futuro da proteção social. In: GIDDENS, A. (Org.). O debate global da terceira via. São Paulo: UNESP, 2007.

TEIXEIRA, G. Manual de Direito Fiscal. 3. ed. Coimbra: Almedina, 2015.

TORRES, R. L. A ideia de liberdade no estado patrimonial e no estado fiscal. Rio de Janeiro: Renovar, 1991.

Downloads

Publicado

2023-07-05

Como Citar

Marchetti Filho, G. F., Ribeiro, J. de O. X., & Alves Corrêa Láua, C. . (2023). A tributação 4.0 e a sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro. Revista Videre, 14(31), 198–215. https://doi.org/10.30612/videre.v14i31.15557

Edição

Seção

Consumo e sustentabilidade: caminhos para a concretização dos Direitos Humanos