Agroecologia e educação: o resgate das sementes crioulas no território do latifúndio sul-matogrossense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/realizacao.v10i20.17772

Palavras-chave:

Concentração de Terras, Resistência Camponesa, Sementes Crioulas, Sustentabilidade

Resumo

A formação territorial brasileira é marcada pela concentração de terras reflexida numa sociedade autoritária, violenta e desigual.  O estado de Mato Grosso do Sul é exemplo dessa condição, sendo reconhecidamente latifundiário, tem como marca o interdito à reprodução do modo de vida camponês. O Brasil passou por um processo de modernização da agricultura, denominado de Revolução Verde, que implantou mudanças na base técnica da agricultura para a produção em larga escala voltada para a exportação, porém sob a ideologia de acabar com a fome no país. Esse processo de avanço da agricultura capitalista e crise alimentar é realidade no Leste do Mato Grosso do Sul, sendo necessário para sua superação o resgate da agroecologia como único caminho para a agricultura do futuro que pode ser construído via educação agroecológica na rede básica, com a retomada do diálogo sobre sementes crioulas. Deste modo, o objetivo desse trabalho é abordar as experiências educacionais agroecológicas desenvolvidas com as sementes crioulas em escolas no Leste do estado, ações que tiveram início no 7° Encontro das Mulheres Camponesas do Território Rural do Bolsão, em 2019. Os procedimentos metodológicos deste estudo articularam-se em revisões bibliográficas, análise de dados quantitativos e trabalhos de campo.

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Biografia do Autor

Melissa Pereira Oliveri, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS

Atualmente é mestranda do programa de Pós Graduação Mestrado e Doutorado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - campus de Três Lagoas - MS, na área de Geografia Agrária, com o tema de pesquisa: Estudo da dinâmica territorial da posse e uso da terra em Mato Grosso do Sul na última década censitária. Licenciada em Geografia, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Campus de Três Lagoas). Foi bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET do Curso de Geografia (2020-2022), vinculado a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD/UFMS), de 2020 à 2022. Participou do Programa de Iniciação Científica Voluntária (PIVIC/UFMS), vinculado a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP/UFMS) de 2020 à 2021, com o tema de pesquisa: A relação entre o modo de vida urbano e a hierarquização de gênero. Desenvolveu pesquisa no âmbito da Geografia Urbana e Desigualdade de Gênero. Foi integrante do Projeto de Pesquisa: A Segregação Socioespacial em Três Lagoas: Escalas, Formas e Conteúdos e membra do Laboratório de Estudos Urbanos e do Território (LETUR). Tem interesse pelas áreas de Geografia Urbana, Geografia Agraria, Gênero e Sexualidade e Ensino e Aprendizagem em Geografia.

Jhiovanna Eduarda Braghin Ferreira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS

Licenciada e Mestra pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas; Doutoranda do Programa de Pós Graduação Mestrado e Doutorado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas - MS; É pesquisadora da "JURA" da Rede DATALUTA; Pesquisadora da Estrangeirização da Rede DATALUTA; Pesquisadora do NEA/Bolsão; Integrante do Grupo de Estudos Terra-Território UFMS/Três Lagoas; Membra do Centro Acadêmico de Geografia "Milton Santos" (C.A.Mi.S) no período de 2018/2019; Presidenta da Associação do Geógrafos Brasileiros Seção Três Lagoas (AGB-TL). Pesquisadora com enfoque na Questão Agrária; Segurança e Soberania Alimentar; Agroecologia.

Rosemeire Aparecida de Almeida , Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS

Rosemeire Aparecida de Almeida é Geógrafa, Doutora em Geografia pela Unesp, Campus de Presidente Prudente, com Pós-Doutorado pela Universidade de Córdoba, Instituto de Sociología y Estudios Campesinos (ISEC), Espanha. É professora Titular Emérita na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campus de Três Lagoas, onde trabalha nos cursos de Graduação, Mestrado e Doutorado em Geografia. Atua como professora no Programa de Mestrado em Educação e Territorialidade na Faculdade Intercultural Indígena (FAIND), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Foi Tutora do Grupo PET-Geografia/CPTL (2016-2022). Assessorou a Comissão Pastoral da Terra/MS e o Instituto Mãe Terra (IMT), em Mato Grosso do Sul nos períodos 2013 a 2016 e 2014 a 2017, respectivamente. Compôs, no período 2007-2008, a primeira diretoria da ADleste Seção Sindical do Andes SN e, a última, 2017-2019. Foi presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros - Seção Três Lagoas (2003; 2012) e atuou como representante efetivo da UFMS/CPTL junto ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Três Lagoas/MS (CMDR 2011-2012). No período de 2004 a 2016 foi editora chefe do periódico Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Três Lagoas/MS (ISSN 1808-2653) e de 2017 a 2022 da Revista Eletrônica de Educação Tutorial, Três Lagoas/MS (REPET-TL) - (ISSN 2675-1003). É líder do grupo "Estudos Agrários/CNPq". Atualmente, coordena o projeto de pesquisa: "Consolidação e Espacialização do Núcleo de Agroecologia e Produção Orgânica no Território Rural do Bolsão-MS". Possui publicações em periódicos especializados sobre movimentos sociais, recriação camponesa, reforma agrária, educação do campo e agroecologia. É autora do livro: (Re)criação do Campesinato, Identidade e Distinção: a luta pela terra e o habitus de classe (Unesp, 2006), co-autora do livro: "Terra e Território: a questão camponesa no capitalismo" (Expressão Popular, 2010). É organizadora dos livros: "A Questão Agrária em Mato Grosso do Sul: uma visão multidisciplinar" (UFMS, 2008); "A Práxis Agroambiental no Chão do Assentamento" (UFMS, 2015). É também co-organizadora dos livros: "Práticas de Ensino e Pesquisa em História e Geografia" (UFMS, 2008); "Educação no/do Campo em Mato Grosso do Sul" (UFMS, 2008); "Território e Territorialidades em Mato Grosso do Sul" (Expressão Popular, 2011); "Educação do Campo: fundamentos filosóficos, sociológicos, históricos, políticos e econômicos" (UFMS, 2013); "Repercussões Territoriais do Desenvolvimento Desigual-Combinado e Contraditório em Mato Grosso" (UFMS, 2015); Os caminhos do viver e do fazer Geografia no estado de Mato Grosso do Sul [recurso eletrônico]. (UFMS, 2021); "Dinâmica territorial em tempos de hegemonia do capital monopolista: subordinação e resistências [recurso eletrônico]". (UFMS, 2023).

Mieceslau Kudlavicz , Comissão Pastoral da Terra

Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul /CPTL e Agente da Comissão Pastoral da Terra, atuando na área de Geografia Agrária e Movimentos Sociais. Atuou como pesquisador no projeto "II Pesquisa Nacional sobre educação na Reforma Agrária", junto ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Atuou como pesquisador no projeto "Implantação de Núcleo de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica: Dinamização da Agricultura Familiar no Território Rural go Bolsão-MS", no período de 2018 a 2020, junto a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Referências

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Publicado

2023-12-31

Como Citar

Oliveri, M. P., Ferreira , J. E. B., Almeida , R. A. de, & Kudlavicz , M. (2023). Agroecologia e educação: o resgate das sementes crioulas no território do latifúndio sul-matogrossense. RealizAção, 10(20), 161–182. https://doi.org/10.30612/realizacao.v10i20.17772

Edição

Seção

Artigos