Roda de conversa: relato da experiência do movimento de mulheres camponesas no enfrentamento à violência contra a mulher no Assentamento Itamarati

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/realizacao.v7i13.11201

Palavras-chave:

Participação coletiva, Emancipação, Luta contra à violência

Resumo

O presente artigo relata e analisa a partir da Roda de Conversa a importância da organização coletiva das mulheres, da formação e da luta no enfrentamento à violência. A metodologia foi pautada a luz dos referenciais teóricos que abordam a violência contra a mulher, pelas questões de gênero e pelos registros das atividades realizadas no período de fevereiro de 2017 a dezembro de 2018, nas listas de presença e pelo arquivo fotográfico da Roda de Conversa. Foi levantado ainda o número de atendimentos psicológicos e jurídicos realizados nesse período pelo Centro de Atendimento à Mulher (CAM) do município de Ponta Porã, MS. Os resultados demonstraram que as ações da Roda contribuíram no enfrentamento a violência, no conhecimento das leis e nas discussões de gênero junto à comunidade, evidenciando a importância da participação coletiva, da resistência e da luta por políticas públicas de combate à violência e que promovam a igualdade gênero, especialmente no meio rural, onde há inúmeras dificuldades de acesso à rede de enfrentamento à violência.

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Biografia do Autor

Mariza Madalena Dahmer, Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (AGRAER/MS)

Graduada em Normal Superior pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS (2005-2008). Especialização em Residência Agrária: Agroecologia, Produção e Extensão Rural pela Universidade Federal da Grande Dourados -UFGD (2013 - 2015). Atua como Agente de Desenvolvimento Rural da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul - AGRAER. Com experiência na área de Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino, atuando na agricultura familiar nos seguintes temas: comercialização na perspectiva solidária, gestão de qualidade, organização dos produtores/produtoras, organização da produção agroecológica e organização produtiva das mulheres assentadas. Militante do Movimento de mulheres Camponesas (MMC) e da produção orgânica junto ao Núcleo de Agroecologia do P.A Itamarati.

Olga Manosso, Associação Assentamento Itamarati Gerando Vidas (AAIGV) e Movimento de Mulheres Camponesas (MMC)

Graduada em História pela Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul/RS. Irmã da Congregação São José de Chambery da Comunidade do Assentamento Itamarati, Militante do Movimento de Mulheres Camponesas(MMC) e da Educação do/no Campo, incentivadora e apoiadora da produção orgânica e agroecológica e coordenadora da Associação Assentamento Itamarati Gerando Vidas (AAIGV).

Sederli Bombarda Sobrinho, Banco Comunitário Ita, Associação Assentamento Itamarati Gerando Vidas (AAIGV) e Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).

Graduada em Ciências Biológicas pelas Faculdades Integradas de Ponta Porã, MS - FAMAG, Pós-Graduação Educação em Ciências Ambientais, pelas Faculdades Magsul. Atua como agente de desenvolvimento solidário no Banco Comunitário Ita, na avaliação e acompanhamento do micro crédito solidário, como alternativa de fomento e incentivo da produção e consumo dos bens e serviços na comunidade. Incentivadora da produção orgânica agroecologia junto ao núcleo de agroecologia e produção orgânica no Assentamento Itamarati, membro da Associação Assentamento Itamarati Gerando Vidas (AAIGV), colaboradora na execução os Programas Institucionais da comercialização da produção local e militante no Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).

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Publicado

2020-06-30

Como Citar

Dahmer, M. M., Manosso, O., & Sobrinho, S. B. (2020). Roda de conversa: relato da experiência do movimento de mulheres camponesas no enfrentamento à violência contra a mulher no Assentamento Itamarati. RealizAção, 7(13), 81–96. https://doi.org/10.30612/realizacao.v7i13.11201

Edição

Seção

Artigos