Cultura negra afrodiaspórica: a voz da mulher negra como resistência
DOI:
https://doi.org/10.30612/nty.v13i21.19427Palavras-chave:
Voz Negra, Resistência, Mulher NegraResumo
Este trabalho tem como objetivo analisar a representação da voz da mulher negra na articulação de lutas em prol da igualdade de gênero em nossa sociedade. Destacamos aqui duas mulheres que alcançaram projeção nacional a partir de 1960: Elza Soares e Carolina Maria de Jesus. Neste sentido, tomamos a voz negra como símbolo de resistência e reexistência, como movimento de reivindicação cultural, como assinala Certeau (1995). Assim, realizamos uma análise das letra de algumas músicas interpretadas e compostas por Elza Soares, as quais estão presentes no Álbum póstumo da cantora No tempo da Intolerância, bem como a composição realizada em homenagem a escritora mineira pela escola de samba paulista Colorado do Brás, intitulada “Carolina: a cinderela negra do Canindé no ano de 2022. O referencial teórico utilizado nas análises deste artigo encontram-se ancorados em Certeau (1995), Davis(2016), Evaristo (2017), Gomes (2005), Hall(2016), hooks (2023), Kilomba (2019), Lauretis (1994), Ribeiro (2018/2019) e Silva (2014).
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