A permanência de acadêmicos indígenas na universidade a partir do Programa Rede de Saberes: experiências decoloniais no espaço da UCDB
DOI:
https://doi.org/10.30612/nty.v12i19.18813Palavras-chave:
Decolonialidade, Interculturalidade, Rede de saberesResumo
O presente escrito tem por objetivo a apresentação de algumas reflexões construídas sob a perspectiva dos Estudos Culturais e Pós-Coloniais, tendo como campo empírico o espaço físico e simbólico do Programa Rede de Saberes da Universidade Católica Dom Bosco, no município de Campo Grande - MS. Para produzir tais considerações, foi necessário a elaboração de um denso levantamento
bibliográfico, cujos autores(as) selecionados foram aqueles que discutem questões concernentes à Modernidade/Colonialidade, à Interculturalidade e as questões de Identidade e Diferença, como é o caso de Skliar (2003), Walsh (2009; 2016; 2019), Quijano (2005), Hall (2014; 2020) e Bhabha (1998). Os resultados revelam que o Programa Rede de Saberes se mostrou uma significativa articulação
interinstitucional que têm possibilitado a entrada, o transitar e a produção de afetamentos, desequilíbrios e ressignificações através do ingresso de indígenas nas universidades.
Downloads
Referências
AGUILERA URQUIZA, Antônio Hilário; NASCIMENTO, Adir Casaro. 2013. Rede de Saberes: Políticas de Ação Afirmativa no Ensino Superior para Indígenas no Mato Grosso do Sul. Rio de Janeiro: FLACSO, GEA ; UERJ, LPP.
AGUILERA URQUIZA, A. H.; BRAND, A.; BROSTOLIN, M.; FERREIRA, E.; AZAMBUJA, F.; LANDA, B. 2018. “Rede de Saberes: o cotidiano de uma experiência de interculturalidade na universidade”. In: SOUZA LIMA, Antônio Carlos de; BARROSO, Maria Macedo (orgs.). O projeto trilhas de conhecimentos e o ensino superior de indígenas no Brasil: uma experiência de fomento e investigação para ações afirmativas. - 1. ed. - Rio de Janeiro: E-papers, p. 207-231.
AZIBEIRO, Nadir Esperança; FLEURI, Reinaldo Matias. “Paradigmas interculturais emergentes na educação popular”. 2012. In: GARCIA, Regina Leite (Org.). Diálogos Cotidianos. DP, 1ª ed. p.275-296.
BANIWA, G. J. S.; OLIVEIRA, J. C.; HOFFMANN, M. B. 2010. Olhares indígenas contemporâneos. Brasília: Centro Indígena de Estudos e Pesquisas.
BHABHA, Homi K. 1998. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG.
BRAND, Antônio Jacó; CALDERONI, Valéria Aparecida Mendonça de Oliveira. 2012. “Povos indígenas e formação acadêmica: ambivalências e desafios”. Currículo sem Fronteiras, v. 12, n. 1 : 85-97.
CANDAU, Vera Maria Ferrão. 2012. “Diferenças culturais, interculturalidade e educação em direitos humanos”. Educ. Soc. [online]. vol.33, n.118:.235-250.
CANDAU, Vera Maria; RUSSO, Kelly. “Interculturalidade e educação na América Latina: uma construção plural, original e complexa”. 2011. In: CANDAU, Vera Maria (Org.). Diferenças Culturais e Educação: construindo caminhos. Rio de Janeiro: 7 Letras.
LANDA, B. S.; FERREIRA, E. M. L. 2016. A experiência de 10 anos do projeto Rede de Saberes: permanência de acadêmicos/as indígenas no ensino superior em MS. V Congresso Internacional de História: novas epistemes e narrativas contemporâneas. Universidade Federal
de Goiás.
LIMA, Antônio Carlos Souza de. 2018. “Ações afirmativas no ensino superior e povos indígenas no Brasil: uma trajetória de trabalho”. Horiz. antropol., Porto Alegre, ano 24, n. 50: 377-448.
NASCIMENTO, Adir Casaro. 2014. “Fronteiras étnico-culturais e fronteiras da exclusão e o diálogo com as culturas ancestrais: uma construção difícil, mas possível”. Série-Estudos -periódico do PPGE/UCDB. n. 37: 33-46.
QUIJANO, Aníbal. 2005. “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina”. In: LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO.
SKLIAR, Carlos. 2003. Pedagogia (improvável) da diferença: e se o outro não estivesse aí? Rio de Janeiro: DP&A.
TAVARES, Manuel; GOMES, Sandra Rosa. 2018. “Multiculturalismo, interculturalismo e decolonialidade: prolegômenos a uma pedagogia decolonial”. Dialogia, São Paulo, n. 29: 47-68.
VEIGA-NETO, Alfredo. 2002. “Olhares”. in: COSTA, Marisa Vorraber (org.). Caminhos Investigativos: novos olhares na pesquisa em educação. 2ºed. Rio de Janeiro: DP&A.
VIANNA JR, Aurélio. 2018. “Trilhas de Conhecimentos: a apropriação nacional de uma iniciativa global de mudança institucional na educação superior''. In: SOUZA LIMA, Antonio Carlos de; BARROSO, Maria Macedo (orgs.). O projeto trilhas de conhecimentos e o ensino superior de indígenas no Brasil : uma experiência de fomento e investigação para ações afirmativas. 1. ed. - Rio de Janeiro : E-papers.
WALSH, Catherine. 2009. “Interculturalidade Crítica e Pedagogia Decolonial: in-surgir, reexistir e re-viver”. In: CANDAU, Vera Maria Ferrão (Org.). Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro - 7 Letras.
WALSH, Catherine. 2019. “Interculturalidade e decolonialidade do poder: um pensamento e posicionamento “outro” a partir da diferença colonial”. Revista Eletrônica da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). V. 05, N. 1: 6-39.
WALSH, Catherine. 2016. “Notas pedagógicas a partir das brechas decoloniais”. In: CANDAU, Vera Maria Ferrão (Org.). Interculturalizar, Decolonizar, Democratizar: uma educação “outra”? - I ed. Rio de Janeiro - 7 Letras
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
