O mundo em transformação: cosmopolítica e desenvolvimento entre os Asháninka do rio Ene, Selva Central do Peru

Autores/as

  • Pedro Alex Rodrigues Viana PPGSA/IFCS/UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.30612/nty.v5i6.6875

Palabras clave:

Asháninka. Feitiçaria. Vale do Ene. Selva Central. Desenvolvimento.

Resumen

O trabalho propõe apresentar o gradiente de diferença social e as relações assimétricas entre os asháninka (um grupo falante de uma língua da família Arawak) ene sati, que vivem nas partes baixas, são agricultores e produtores de cacau, os kanoja sati, habitantes das partes altas, onde buscam isolamento para continuar a “viver bem” e as as agencias humanas e não humanas com quem não se pode viver bem. O vale do Ene tem sido palco nos últimos anos de extrema violência, fruto da guerra contra o Sendero Luminoso, o narcotráfico, projetos de desenvolvimento e a exploração de madeira. Para responder a estes problemas, a Comunidade Nativa Cutivireni adotou uma “política externa” de fechamento aos chori, colonos andinos, não permitindo a entrada de madeireiros e negociando a preservação ambiental com uma ONG do Reino Unido e uma “política interna” de interpretação cosmológica a todos os seus problemas, acusando os kanoja sati de bruxaria, ou os kamari (espirito dos mortos), ou os gringos alados, pelas mortes causadas pelas doenças e desnutrição. Nesse sentido, um dos objetivos principais dessa reflexão consiste em mapear as transformações do mundo vivido Asháninka frente ao contexto de abertura ao desenvolvimento incentivada pelo governo peruano nos últimos anos.

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Publicado

2017-09-20

Cómo citar

Viana, P. A. R. (2017). O mundo em transformação: cosmopolítica e desenvolvimento entre os Asháninka do rio Ene, Selva Central do Peru. Revista Ñanduty, 5(6), 80–102. https://doi.org/10.30612/nty.v5i6.6875